Analfabetismo no Brasil
O analfabetismo no Brasil atinge 7,0% da população ou 11,5 milhões de pessoas (dados de 2017).
O Plano Nacional de Educação tem como meta chegar ao ano de 2024 com uma taxa zero de analfabetismo no Brasil.
Taxa de Analfabetismo no Brasil
Segundo os dados do IBGE, a taxa de analfabetismo da população com 15 anos ou mais de idade no Brasil é de 7,0% (2017).
Este dado representa 11,5 milhões de indivíduos que ainda não sabem ler e escrever.
O índice triplica na população acima de 60 anos, pois foram pessoas que não tiveram contato com a expansão da escola pública.
Além disso, outro problema grave atinge aqueles que conseguem ler e escrever pequenas frases. Este são os chamados "analfabetos rudimentares" e correspondem a cerca de 21% da população.
Analfabetismo Funcional
Se as taxas de analfabetismo absoluto tem diminuído no Brasil, o índice de analfabetismo funcional tem aumentado.
Analfabetismo funcional é definido quando a pessoa é capaz de ler e escrever algumas frases, mas não de interpretá-las.
Calcula-se que o analfabetismo funcional atinja cerca de um terço de jovens e adultos de 15 a 65 anos, o que significa 38 milhões de brasileiros, segundo a ONG Ação Educativa e o Instituto Paulo Montenegro.
Ao contrário dos outros tipos de analfabetismo, o funcional pode atingir pessoas com um nível escolar considerado alto. Calcula-se que 30% dos universitários do Brasil sejam analfabetos funcionais.
Soluções para o Analfabetismo no Brasil
O problema da educação brasileira é grande e passa por soluções que vão desde a construção de mais escolas ao financiamento educacional.
Especialistas apontam que os métodos utilizados para a alfabetização no Brasil estão ultrapassados. Ainda se ensina a ler e a escrever baseado na cópia e na memorização excessiva, inibindo a criatividade das crianças.
Outra questão diz respeito ao financiamento da educação infantil. A partir do anos 90, com as mudanças trazidas com o governo FHC, os primeiros anos escolares são responsabilidade dos municípios. Isso acabou por perpetuar as desigualdades econômicas regionais, pois nem todos os municípios possuem a mesma arrecadação.
Por outro lado, é importante solucionar a questão do analfabetismo funcional. Um dos meios para resolver esta dificuldade seria fomentar políticas públicas que estimulassem a leitura e a escrita entre a população adulta.
Igualmente, é preciso democratizar o acesso dos bens culturais a todos os níveis da população.
Consequências do Analfabetismo
As consequências do analfabetismo são terríveis para o indivíduo e para um país.
A pessoa acaba se excluindo ficando à margem da sociedade, com vergonha da sua situação. Numa sociedade onde tudo é escrito é indigno para um adulto pedir ajuda constantemente e não ser capaz de preencher um formulário ou ler uma placa.
Para o país é uma geração de cidadãos que se perde e que não estarão apto para desempenhar funções que exijam esforço intelectual, ainda que pequeno.
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- LDB (atualizada em 2019)
BEZERRA, Juliana. Analfabetismo no Brasil. Toda Matéria, [s.d.]. Disponível em: https://www.todamateria.com.br/analfabetismo-no-brasil/. Acesso em: