Caixa de Pandora

Daniela Diana
Daniela Diana
Professora licenciada em Letras

A Caixa de Pandora é um objeto extraordinário que faz parte da mitologia grega.

Trata-se de um caixa onde os deuses colocaram todas as desgraças do mundo, entre as quais a guerra, a discórdia, as doenças do corpo e da alma. Contudo, nela havia um único dom: a esperança.

Significado

Walter Crane, Pandora (1885)
Walter Crane, Pandora (1885)

O mito da Caixa de Pandora explica a criação da mulher, suas qualidades e suas fraquezas, tal como todos os males existentes no mundo.

Desde sua origem, o mito tem um caráter social. Neste caso, a Caixa de Pandora passou a representar a maldade que pode vir dela, a desobediência e a curiosidade que prejudica o ser humano.

A História do Mito

O titã Prometeu, defensor da humanidade e conhecido por sua inteligência, foi o responsável por roubar o fogo de Zeus e entregá-lo aos mortais. Assim, ele assegurava a superioridade dos homens sobre os animais.

Mas, o fogo era exclusivo dos deuses e de Zeus, senhor dos homens e supremo mandatário dos deuses que habitavam o monte Olimpo. Zeus havia proibido que o fogo fosse entregue à humanidade e, assim, quis se vingar.

Com o auxílio de todos os deuses, Zeus encarregou Hefesto, deus do fogo e dos metais, e Atena, deusa da justiça e da sabedoria, de criar Pandora. Essa seria a primeira mulher a viver com os homens na Terra.

Pandora recebeu qualidades como graça, beleza, inteligência, paciência, meiguice, habilidade na dança e nos trabalhos manuais.

Antes de ser enviada à Terra, Zeus entregou-lhe uma caixa com a recomendação de que a mesma não deveria ser aberta.

Essa caixa continha todas as desgraças do mundo: a guerra, a discórdia, o ódio, a inveja, as doenças do corpo e da alma, como também a esperança.

Pandora não conseguiu resistir a curiosidade e, abrindo a caixa, libertou todos os males. Arrependida, tornou a fechá-la, mantendo presa a esperança.

O mito da caixa de pandora foi difundido por meio da obra "Os Trabalhos e os Dias", de Hesíodo. Pelo fato de a obra desse poeta grego do século VIII a.C. ter sido transmitida por via oral, não há precisão sobre esse mito.

Leia também:

Daniela Diana
Daniela Diana
Licenciada em Letras pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) em 2008 e Bacharelada em Produção Cultural pela Universidade Federal Fluminense (UFF) em 2014. Amante das letras, artes e culturas, desde 2012 trabalha com produção e gestão de conteúdos on-line.