Células Gliais
As células gliais compõem o tecido nervoso junto com os neurônios. As células da glia, também chamadas gliócitos ou neuróglias, podem ser de dois tipos: microglias ou macroglias.
Além de fornecer nutrientes, proteção e ajudar na sustentação do tecido nervoso, possuem outras importantes funções, como a modulação dos impulsos elétricos.
Função
Embora sejam muito mais numerosas, constituindo cerca de 80% do tecido nervoso, durante muito tempo eram tidas apenas como responsáveis por alimentar os neurônios.
No entanto, estudos mais recentes mostraram que as glias além de nutrir, proteger e ajudar na sustentação do tecido nervoso, também regulam as sinapses pelos neurotransmissores. .
Também são responsáveis pela neurogênese, ou seja, formação de novos neurônios.
Saiba mais sobre as sinapses e os neurotransmissores.
Microglias
São células bem menores do que as outras glias. Possuem corpo celular com poucos prolongamentos com algumas ramificações curtas. As micróglias têm função semelhante aos dos macrófagos (células do sistema imunitário), isto é, fazem a fagocitose.
Está relacionada com a proteção do sistema nervoso. São ativadas quando há lesões, infecções ou doenças degenerativas, o que a faz proliferar intensamente e realizar a fagocitose de agentes invasores como vírus.
Leia também:
Macroglias
Existem quatro tipos de macroglias mais conhecidos: astrócitos, oligodendrócitos e células de Schwann.
Astrócitos
Os astrócitos são as células gliais maiores e mais comuns, compõem cerca de metade do cérebro. Há vários subtipos relacionados com funções diversas em especial o metabolismo dos neurotransmissores, sua captação e o funcionamento das sinapses.
Essas células compõem a barreira hemato-encefálica que é uma proteção do sistema nervoso central a agentes tóxicos presentes no sangue.
Células de Schwann
As células de Schwann são responsáveis pela formação da bainha de mielina nos neurônios do sistema nervoso periférico. Elas se enrolam em volta dos axônios, isolando-os eletricamente. Os espaços entre as células formam descontinuidades na bainha de mielina formando os nódulos de Ranvier.
A mielinização do axônio torna a propagação do impulso elétrico mais rápida e eficiente, o que também se deve aos saltos produzidos pela descontinuidade dos nódulos.
Oligodendrócitos
Os oligodendrócitos possuem poucos prolongamentos, por isso têm esse nome (oligo = pouco). Participam do processo de mielinização dos neurônios do sistema nervoso central, ou seja, da formação da bainha de mielina que envolve e protege os axônios.
Células Ependimárias
As células ependimárias ou ependimócitos são células de revestimento do sistema nervoso. Elas revestem os ventrículos do encéfalo e o canal central da medula.
Para adquirir mais conhecimento, veja também:
Células Gliais. Toda Matéria, [s.d.]. Disponível em: https://www.todamateria.com.br/celulas-gliais/. Acesso em: