Estado de Bem-Estar Social
O Estado de Bem-Estar Social (do inglês, Welfare State), se carateriza pela intervenção do Estado na vida social e econômica.
Portanto, o Estado intervém na economia para garantir oportunidades iguais para todos os cidadãos através da distribuição de renda e a prestação de serviços públicos como saúde e educação.
Esse modelo de gestão pública foi adotado na Noruega, Dinamarca e Suécia, entre outros.
Principais características: resumo
A principal característica do Estado de Bem-Estar Social é a defesa dos direitos dos cidadãos à saúde, educação, previdência, etc.
Foi criado a partir do modelo do economista John Maynard Keynes (1883-1946), que rompe com a visão de livre-mercado em favor da intervenção estatal na economia.
Desta maneira, o Estado de Bem-Estar Social defende a estatização de empresas em setores estratégicos, a criação de serviços públicos gratuitos e de qualidade.
Para tanto, o Estado necessita interferir na economia, regulando-a para impedir monopólios, gerar emprego e renda, construindo infraestruturas. Por conseguinte, as jornadas de trabalho são de 8 horas, o trabalho infantil é proibido e os trabalhadores possuem direito a seguro-desemprego e à Previdência Social.
O Estado de Bem-Estar Social é visto como uma forma de combate às desigualdades sociais, na medida que promove o acesso dos serviços públicos a toda população.
Causas do Estado de Bem-Estar Social
O Estado de Bem-estar Social foi implementado pelo mundo por causa da crise do Liberalismo, modelo que pregava a liberdade mercado em relação ao Estado.
Portanto, foi uma solução à crise do início do século XX, da qual a Primeira Guerra Mundial e a Crise de 1929 foram um sintoma.
Contudo, estas políticas públicas foram também uma resposta aos movimentos trabalhistas e ao socialismo soviético, o qual rivalizou com o modelo Capitalista durante a Guerra Fria. Afinal, era preciso demonstrar qual dos modelos proporcionava melhor qualidade de vida aos seus cidadãos.
Contexto histórico do Estado de Bem-Estar Social
Durante a década de 1920, os Estados Unidos era uma economia favorecida e superaquecida pela Europa em reestruturação.
Contudo, no final dos anos vinte, os países europeus já tinham se recuperado da Primeira Guerra Mundial, o que levou a economia estadunidense ao colapso de superprodução.
A fim de resgatá-la, o presidente Roosevelt lança, em 1933, o programa de recuperação econômica para os Estados Unidos, o New Deal. Este consistiu no investimento maciço em obras públicas, destruição dos estoques de gêneros agrícolas e na diminuição da jornada de trabalho.
Fim do Estado de Bem-Estar Social
Com a crise do petróleo, em 1973, a produção de bens industriais ficou mais cara.
Assim, as empresas estatais não conseguiram mais concorrer com as privadas e o dinheiro destinado a elas acabou a ser destinado para outros fins.
Na década de 1970, o esgotamento deste modelo torna-se evidente. Líderes como Margaret Thatcher, chefe de governo britânica e Ronald Reagan, dos Estados Unidos, defendem a diminuição do Estado na economia.
Inicia-se, então, o neoliberalismo no Ocidente.
Temos mais textos sobre este assunto:
BEZERRA, Juliana. Estado de Bem-Estar Social. Toda Matéria, [s.d.]. Disponível em: https://www.todamateria.com.br/estado-de-bem-estar-social/. Acesso em: