Estado do Pará (PA): sua história, localização e características
O Estado do Pará fica na região Norte do Brasil. A capital é Belém e a sigla PA. É o segundo maior estado do país em extensão territorial e o mais povoado da região Norte.
- Área: 1.245.870,704 km²
- Limites: O Pará está localizado no centro leste da região Norte. Tem ao norte o Suriname e o Amapá; a leste o Maranhão e Tocantins; ao Sul, Mato Grosso; a nordeste o oceano Atlântico; e a noroeste, Guiana e Roraima.
- Número de municípios: 144
- População: 8,1 milhões de habitantes, com base na estimativa do IBGE para 2015.
- IDH: 0,690
- Gentílico: quem nasce no Pará é paraense.
- Principais cidades: a capital Belém, Abaetetuba, Altamira, Ananindeua, Barcarena, Castanhal, Itaituba, Marabá, Parauapebas, Redenção, Santarém e Tucuruí.
Aspectos históricos do Pará
A ocupação do território que hoje corresponde ao Estado do Pará só se consolidou em 1616, aquando da fundação do Forte do Presépio. O local foi batizado mais tarde de Forte do Castelo e está localizado na baía de Guajará.
Antes da fundação do forte, a região foi alvo de sucessivas invasões patrocinadas por ingleses e holandeses. No decorrer do século XVI, esses exploradores chegavam ao local em busca de sementes de guaraná, pimenta e urucum.
A partir de 1621, a área é anexada à província do Maranhão e Grão-Pará. A estratégia da Coroa portuguesa era facilitar o contato com a metrópole. Considerando que a capital da colônia era Salvador, havia dificuldades em comunicação em virtude das correntes marítimas.
No decorrer do século XVII, a região prosperou com a impulsão das lavouras de arroz, cacau, café, cana-de-açúcar, tabaco e, ainda, da pecuária.
A economia estagnou como resultado do fim da integração com o Maranhão, ocorrida em 1777. A exploração da borracha contribuiu para a retomada do crescimento econômico a partir do fim do século XIX.
O sucesso econômico está entre os motivos para o levante de tentativas de independência em relação a Portugal. Entre esses movimentos está a Cabanagem, que ocorreu em 1835.
A partir do século 20, a mineração passo a desempenhar importante papel na economia paraense. Em 1960, começam as atividades para extração de minério. Da região de Carajás é extraído o ferro e o ouro em Serra Pelada.
Belém, a capital do estado do Pará
A principal cidade do Pará é Belém, a capital do estado, também conhecida como cidade das mangueiras. A população estimada é de 1,4 milhão de habitantes, conforme a previsão do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) para 2015.
Belém foi fundada em 12 de janeiro de 1616, com objetivo de servir como porto fluvial. A fundação ocorreu após a expulsão dos franceses de São Luís, capital do Maranhão.
Com a fundação de Belém, os colonizadores portugueses armaram uma estratégia para defender a região de novas invasões.
A economia de Belém é baseada na oferta de serviços e no comércio. A atividade agrícola é destacada pela produção de arroz, cacau, dendê, feijão, mandioca e milho. Ainda é significativa a extração da borracha.
Entre os destaques de Belém estão os mercados, como o Mercado Municipal, onde são comercializadas carnes; o Mercado de Ferro, que vende peixes, e a feira Ver-o-Peso.
Cartão postal de Belém, o Ver-o-Peso surgiu nos arredores da cidade, sendo famoso por oferecer os mais diversos tipos de produtos, ervas e temperos.
Cultura do Pará
O patrimônio histórico - material e imaterial do Pará - faz o estado ser conhecido mundialmente. Têm destaque o museu Emílio Goeldi, fundado em 1866, e o Círio de Nazaré, que atrai milhares de fiéis a Belém nos meses de outubro.
No museu Emílio Goeldi são realizados importantes estudos sobre a biodiversidade da Amazônia. No local, além da exposição de animais e plantas típicos da floresta, há uma biblioteca especializada na Amazônia.
Círio de Nossa Senhora de Nazaré
O Círio de Nazaré resulta da influência portuguesa. Milhares de devotos participam da procissão que lembra os milagres atribuídos a Nossa Senhora de Nazaré.
Além da demonstração de fé, o Círio representa uma importante fonte de renda para o turismo religioso na região.
Culinária paraense
A culinária paraense é um revelador aspecto da cultura do estado. Os pratos têm influência, principalmente, indígena. São utilizados peixes, frutos, ervas e legumes. A maniçoba e o tacacá também representam a identidade da culinária paraense.
Entre as bebidas, a mais conhecida é o açaí, rico em ferro. O fruto está na base da alimentação da população local.
Dança paraense
O carimbó é a mais importante manifestação da dança do Pará. Tem influência dos índios tupinambás, de escravos africanos e de europeus portugueses.
Elementos dos três povos são encontrados na dança, que lembra o folclore português, o ritmo africano e a marcação indígena.
As apresentações do carimbó ocorrem com todos os participantes descalços. As mulheres utilizam roupas coloridas, saias franzidas, colares e pulseiras confeccionados com sementes. Nos cabelos carregam um ramo de rosa.
Os homens vestem camisas com as pontas amarradas no umbigo e carregam um lenço vermelho no pescoço.
Relevo do Pará
O relevo do Pará tem três influências: o planalto norte-amazônico, a planície amazônica e o planalto sul-amazônico.
No planalto norte-amazônico estão localizados terrenos cristalinos e as serras de Acarí e Tumucumaque.
A planície Amazônica é caracterizada por uma faixa sedimentar alongada e estreita. Nessa região corre o rio Amazonas.
E no planalto sul-amazônico está a serra dos Carajás. São retirados do local 35 milhões de toneladas de minério ao ano. Os principais produtos são: manganês, ouro, cobre, bauxita e ferro, exportados para Alemanha, Espanha, França e Itália, além de outros.
Clima do Pará
O clima do Pará é de influência equatorial. As temperaturas permanecem entre 24º C e 26º C ao longo do ano.
Hidrografia do Pará
A bacia hidrográfica do Pará chega a 1,2 milhão de km2, cuja grande maioria da extensão pertence ao rio Amazonas.
Os principais afluentes do Amazonas nessa região são Tapajós, Xingu, Tocantins, Trombetas, Maicuru, Paru e Jari.
Ilha de Marajó
Maior ilha flúvio-marítima do mundo, é cercada pelos rios Amazonas, Tocantis e pelo oceano Atlântico.
Tem cerca de 50 mil km2. É nesse local que pode ser observado o fenômeno da Pororoca no Pará, o encontro das águas do rio Amazonas com o oceano Atlântico. A ilha de Marajó já foi habitada por diversos grupos indígenas, como os Aruã e Tapajós.
Veja também:
- Siglas dos estados brasileiros (inclui DF)
- Região Norte
- Estado do Amazonas
- Estado do Espírito Santo
- Serra Pelada
- Estado do Acre
- Estados do Norte
MARQUES, Vinícius. Estado do Pará (PA): sua história, localização e características. Toda Matéria, [s.d.]. Disponível em: https://www.todamateria.com.br/estado-do-para/. Acesso em: