Exercícios sobre adjetivos (com gabarito comentado)
O adjetivo é uma palavra que modifica um substantivo, atribuindo a ele uma qualidade ou classificação, e pode variar em gênero, número e grau.
Confira abaixo uma série de atividades sobre adjetivos e consolide seus conhecimentos com o gabarito comentado.
Questão 1
(UPENET - IAUPE/ 2019)
Assinale a alternativa na qual o segmento destacado exerce a função de adjetivo.
a) “Senhor futuro ministro da Saúde, queremos tratar de um motivo de orgulho (...)”.
b) “Graças aos esforços de cidadãos e governos de diversos partidos (...).”
c) “(...) diante de uma epidemia que se aproxima de um milhão de casos (....)”.
d) “A forma negativa (...) com que muitos ainda reagem àqueles que têm HIV (...)”.
e) “Enquanto vacina e cura ainda estão fora do horizonte, o Brasil segue (...)”.
Questão 2
(UFPR/2013)
Em qual dos casos o primeiro elemento do adjetivo composto não corresponde ao substantivo entre parênteses?
a) Indo-europeu (Índia)
b) Ítalo-brasileiro (Itália)
c) Luso-brasileiro (Portugal)
d) Sino-árabe (Sião)
e) Anglo-americano (Inglaterra)
Questão 3
(FAU/2016)
"Nunca esquecerei aquela noite..."
A noite, de Elie Wiesel, é um dos mais populares relatos da barbárie nazista
HELIO GUROVITZ
10/07/2016 - 10h00 - Atualizado 10/07/2016 10h00
Diante dos limites da linguagem para lidar com o horror, vários escritores sobreviventes do nazismo escolheram o suicídio. O poeta Paul Célan se lançou no Rio Sena. O psicólogo Bruno Bettelheim se asfixiou com um saco plástico. O escritor Primo Levi morreu ao cair – não por acidente, segundo a polícia – da escadaria de seu prédio em Turim. Elie Wiesel não. Morreu de causas naturais aos 87 anos, na semana passada. Mas não foi indiferente ao tormento. Consumido pela culpa de não ter salvado o pai no campo de Buchenwald, ficou anos em silêncio. Foi o escritor francês François Mauriac quem o convenceu a escrever. “Aquele olhar, como de um Lázaro levantado dos mortos, mas ainda prisioneiro nos confins sombrios por onde vagara, tropeçando entre os cadáveres da vergonha”, escreveu Mauriac sobre o primeiro encontro com Wiesel. “E eu, que acredito que Deus é amor, que resposta poderia dar ao jovem questionador, cujos olhos escuros ainda traziam o reflexo daquela tristeza angélica (…)?” Depois da conversa com Mauriac, Wiesel escreveu, compulsivamente, algo como 800 páginas em iídiche, idioma materno seu e da maioria dos judeus exterminados. O livro resultante, Un di velt hot geshvign (E o mundo silenciou), não saiu na íntegra. Com uma fração do tamanho original, foi publicado em francês em 1958, sob o título La nuit (A noite).
A noite, de Elie Wiesel é o livro da semana
Entre as quase 60 obras que Wiesel produziu, A noite é a mais conhecida. Tornou-se um dos mais populares relatos da barbárie nazista, ao lado do Diário de Anne Frank e de É isso um homem?, de Primo Levi. Não fez sucesso no lançamento, nem mesmo depois de traduzido para o inglês, em 1960. Foi conquistando o público nos anos 1960 e 1970. Em 2006, voltou à lista de mais vendidos, escolhido pelo clube do livro da apresentadora Oprah Winfrey. A noite foi escrito com alta carga de sentimento – mas não é sentimental. Muito menos piegas. Não tem um olhar religioso ou vingativo. É tão somente um testemunho e, por isso mesmo, mais contundente. Narra o encontro de Wiesel, aos 15 anos, com o mal na forma mais absoluta. Do momento em que sua família é arrancada de casa até o instante em que, libertado de Buchenwald, ele enfim olha no espelho pela primeira vez em meses. “Das profundezas do espelho, um cadáver olhou de volta para mim”, diz. “O olhar nos seus olhos, enquanto olhavam os meus, nunca me deixou.”
Dos quatro filhos da família Wiesel, Eliezer era o único menino. Na aldeia judaica de Sighet, passa seu tempo entre estudos rabínicos e as conversas com o zelador da sinagoga, que lhe dá acesso ao estudo da cabala, então proibido a quem tivesse menos de 30 anos. O zelador some, levado pelos nazistas. Por milagre, escapa dos campos e volta à aldeia, onde relata o extermínio. Ninguém acredita nele. Pensam que está louco. Pouco depois, os alemães segregam os judeus em dois guetos. A família Wiesel embarca então no trem da morte. Ao chegar ao complexo de Auschwitz Birkenau, na Polônia ocupada, a mãe e a irmã de 7 anos são separadas. As duas vão direto para as câmaras de gás (outras duas irmãs se salvariam). Pai e filho escapam, na seleção comandada pelo facínora Josef Mengele. São enviados ao campo de trabalho de Buna, onde sobrevivem a uma rotina de fome, tortura, doença e escravidão. Com a aproximação das tropas soviéticas, são levados numa marcha forçada de centenas de quilômetros. A maioria morre de exaustão. Na chegada a Buchenwald, o pai de Wiesel está doente, à beira da morte. O filho faz de tudo para tentar acudi-lo. Também exausto, acaba por largá-lo. Na noite fatídica, 29 de janeiro de 1945, Shlomo Wiesel é levado ao forno crematório.
Dez anos se passariam até que Elie entendesse a única coisa que poderia dar sentido a sua vida depois: prestar testemunho; manter viva a memória. Silêncio e indiferença diante do mal, dizia, são um pecado maior. Sua voz se tornou, desde então, “a consciência da humanidade” e se fez ouvir por toda parte onde os mesmos crimes voltavam a ser cometidos – da Bósnia ao Camboja, de Ruanda a Darfur. Era a mesma voz daquele menino que, diante do mal absoluto, soube encontrar as palavras mais belas e pungentes: “Nunca esquecerei aquela noite, a primeira noite no campo, que transformou minha vida numa longa noite, sete vezes maldita e sete vezes selada. Nunca esquecerei aquela fumaça. Nunca esquecerei os pequenos rostos das crianças, cujos corpos vi tornados em coroas de fumaça sob um céu azul em silêncio. Nunca esquecerei aquelas chamas que consumiram minha fé para sempre. Nunca esquecerei o silêncio noturno que me despojou, por toda a eternidade, do desejo de viver. Nunca esquecerei aqueles momentos que assassinaram meu Deus e minh’alma e transformaram meus sonhos em pó. Nunca esquecerei isso, mesmo que seja condenado a viver tanto quanto o próprio Deus. Nunca”.
Adaptado: http://epoca.globo.com/colunas-e-blogs/heliogurovitz/noticia/2016/07/nunca-esquecerei-aquela-noite.html, acesso em 10 de jul, de 2016.
Marque a alternativa correta em relação à classificação das palavras sublinhadas, na ordem em que aparecem na frase:
“Morreu de causas naturais aos 87 anos, na semana passada. Mas não foi indiferente ao tormento”.
a) artigo, numeral, adjetivo, advérbio.
b) preposição, numeral, substantivo, advérbio.
c) conjunção, numeral, adjetivo, preposição.
d) preposição, numeral, adjetivo, conjunção.
e) preposição, numeral, adjetivo, advérbio.
Questão 4
(ITA/2003)
Durante uma Copa do Mundo, foi veiculada, em programa esportivo de uma emissora de TV, a notícia de que um apostador inglês acertou o resultado de uma partida porque seguiu os prognósticos de seu burro de estimação. Um dos comentaristas fez, então, a seguinte observação: “Já vi muito comentarista burro, mas burro comentarista é a primeira vez”.
Percebe-se que a classe gramatical das palavras se altera em função da ordem que elas assumem na expressão. Assinale a alternativa em que isso não ocorre:
a) obra grandiosa
b) jovem estudante
c) brasileiro trabalhador
d) velho chinês
e) fanático religioso
Questão 5
(CESGRANRIO)
Assinale a oração em que o termo cego(s) é um adjetivo:
a) Os cegos, habitantes de um mundo esquemático, sabem onde ir…
b) O cego de Ipanema representava naquele momento todas as alegorias da noite escura da alma…
c) Todos os cálculos do cego se desfaziam na turbulência do álcool.
d) Naquele instante era só um pobre cego.
e) … da Terra que é um globo cego girando no caos.
Questão 6
Faça a correspondência e classifique corretamente os tipos de adjetivos:
1. Adjetivo simples
2. Adjetivo primitivo
3. Adjetivo derivado
4. Adjetivo composto
5. Adjetivo pátrio
( ) verde-escuro
( ) italiano
( ) belo
( ) insensato
( ) falso
Questão 7
Assinale a alternativa onde todos os adjetivos são biformes:
a) bonito - gentil - completo;
b) legal - elegante - atrasado
c) belo - inteligente - novo;
d) feio - cansado - maravilhoso;
e) feliz - querido - esperto;
Aprofunde mais os seus conhecimentos sobre os Adjetivos.
Questão 8
Leia a frase abaixo e escolha a alternativa onde a flexão de plural está correta.
Tenho uma blusa verde-água.
a) Tenho umas blusas verdes-águas
b) Tenho umas blusas verde-águas
c) Tenho umas blusas verdes- água
d) Tenho umas blusas verde-água
Questão 9
Observe as palavra sublinhadas nas frases abaixo e escolha a alternativa onde a classificação dos adjetivos destacados está correta.
- Devido à pancada, meu braço ficou arroxeado.
- Mesmo depois de curado, sentia-se fraco.
- Esse vestido ficou bonito em você.
a) primitivo - derivado - simples;
b) derivado - primitivo - simples;
c) derivado - derivado - simples;
d) composto - primitivo - simples.
Questão 10
Identifique o grau dos adjetivos das frases abaixo:
- Regina é tão inteligente quanto Maria.
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FERNANDES, Márcia. Exercícios sobre adjetivos (com gabarito comentado). Toda Matéria, [s.d.]. Disponível em: https://www.todamateria.com.br/exercicios-sobre-adjetivos/. Acesso em: