Imperialismo na Ásia
O Imperialismo na Ásia ocorreu no ao longo do século XIX quando potências europeias, o Japão e os Estados Unidos ocuparam regiões asiáticas.
A expansão para a Ásia se deveu a fatores econômicos como a garantia de matérias-primas para as indústrias, mercado para os produtos e ideológicos como civilizar estes povos.
Colonização da Ásia
A ocupação das Índias, nome genérico para as terras descobertas, começaram durante a chamada Revolução Comercial ocorrida entre os séculos XV e XVII.
Desta maneira, estavam garantidos produtos como as especiarias, porcelanas e toda gama de mercadorias que não se encontravam na Europa.
Os portugueses foram os primeiros europeus autorizados a constituir portos em certas regiões da Índia, China e Japão.
No entanto, com a Revolução Industrial, o cenário econômico europeu mudou. Com o surgimento das fábricas, se produzia mais e se necessitava mais matérias-primas. Ao mesmo tempo, era preciso menos mão de obra e o desemprego aumentou.
Dessa maneira, nações industrializadas como França e Inglaterra serão as novas protagonistas da conquista imperialista aos países asiáticos.
Imperialismo na Ásia: Resumo
Nesse contexto, Inglaterra, França e Holanda foram ocupando territórios na África e na Ásia. Mais tarde, o Império Alemão também se lançaria à conquista de regiões por estes continentes.
Igualmente, o Japão aproveita para invadir a península coreana e parte da China. Os Estados Unidos começará a ocupar ilhas do Pacífico e o símbolo desta conquista será o Havaí.
Índia
A Índia foi ocupada gradativamente por ingleses e franceses a partir do século XVIII. No entanto, os franceses tiveram que renunciar e conquistar mais territórios nesta região após a Guerra dos Sete Anos.
Assim, as zonas pertencentes à Grã-Bretanha ficaram sob a administração da Companhia das Índias Orientais, enquanto outras eram gestionadas sob regime de protetorado.
Isto significava que muitos dos governadores locais, os marajás, mantiveram seu poder, mas a atividade agrícola passou a ser do cultivo de algodão e juta, destinadas às fábricas inglesas.
Como consequência, os alimentos escassearam e houve fome no campo. Esta situação, aliada às crescentes medidas discriminatórias impostas pelas autoridades britânicas, levaram a sublevações como a Revolta dos Cipaios, ocorrida em 1857.
Os indianos foram derrotados dois anos depois e, entre as consequências da revolta, esteve o endurecimento do poderio inglês.
A Companhia das Índias Orientais é dissolvida e a Índia é incorporada oficialmente ao Império Britânico, através da coroação da Rainha Vitória como Imperatriz da Índia, em 1876.
China
As imposições inglesas à China foram devastadoras. O governo chinês dificultou as transações comerciais de chá pleiteadas pela Grã-Bretanha, que encontrou no ópio a solução para a obter mais lucro.
A substância, por seus efeitos devastadores, era proibida na Grã-Bretanha, mas foi vendida à população chinesa.
Em pouco tempo, as pessoas se tornaram dependentes e o governo chinês fez um apelo aos britânicos que não o comercializassem mais. Tudo isso foi em vão.
Como reação, os chineses queimaram em 1839 ao menos 20 mil caixas de ópio, no porto de Cantão. Em seguida, resolveram fechá-lo aos britânicos que tomaram esta atitude como uma agressão e declararam guerra ao país.
Guerra do Ópio
O episódio ficou conhecido como Guerra do Ópio e teve efeitos catastróficos para os chineses, obrigados a assinar, em 1842, o Tratado de Nanquim.
O tratado determinava a abertura de cinco portos chineses para os ingleses e a transferência de Hong Kong para a Grã-Bretanha. O Tratado de Naquim foi o primeiro da série de "tratados desiguais" onde o Reino Unido tinha muito mais vantagens comerciais que a China.
A França e os Estados Unidos aproveitaram a fragilidade da China para assinarem tradados comerciais com este país.
Revolta de Taiping
O golpe maior, porém, ocorreu em 1851, na Revolta de Taiping (1851-1864), motivada por questões religiosas, pela insatisfação dos camponeses com o governo imperial e com a invasão estrangeira.
Os americanos e britânicos apoiaram militarmente o Imperador a fim de garantir futuras vantagens. Calcula-se que o conflito tenha deixado 20 milhões de mortos entre feridos de guerra, fome e doenças.
A dinastia reinante jamais recuperou o prestígio após o conflito civil e ainda teve que conceder mais benefícios comerciais às potências europeias.
Em 1864, derrotados, os chineses viram seu território ser retalhado entre Alemanha, Estados Unidos, França, Grã-Bretanha, Japão e Rússia. Nova derrota ocorreu após a Guerra dos Boxers, um movimento nacionalista chinês.
Dessa vez, a China foi obrigada a aceitar a política de portas abertas, onde era obrigada a abrir todos os portos à comercialização de produtos estrangeiros.
Leia mais:
BEZERRA, Juliana. Imperialismo na Ásia. Toda Matéria, [s.d.]. Disponível em: https://www.todamateria.com.br/imperialismo-na-asia/. Acesso em: