Mao Tsé-Tung
Mao Tsé-Tung (26 de dezembro de 1893 - 9 de setembro de 1976) foi um líder comunista, ditador e revolucionário chinês. Participou da fundação do Partido Comunista Chinês, em 1921, em Xangai, com base no modelo soviético.
Em 1931, proclamou a República Soviética da China. Liderou o Exército Popular de Libertação e, em 1949, proclamou a República Popular da China.
Governou a China com mão de ferro até a sua morte em 1976.
Biografia de Mao Tsé-Tung
Mao Tsé-Tung nasceu na aldeia de Shaoshan, na província de Hunan, China, no dia 26 de novembro de 1893. Filho de camponeses, estudou até os 13 anos de idade, quando passou a trabalhar na lavoura.
Voltou a estudar numa escola preparatória para o magistério, em Changsha. Alistou-se no exército nacionalista onde serviu por curto período, voltando para Changsha, sendo nomeado diretor de uma escola primária.
A China, que ao longo do século XIX foi explorada pelas potências imperialistas, vivia um caos político e econômico. Em 1912, foi proclamada a República, que quase nada pode fazer diante das potências que ocupavam o país.
Em 1919, os estudantes organizaram o “Quatro de Maio”, movimento que levou três mil estudantes às ruas de Pequim, manifestando-se contra a aceitação, por parte do governo, das exigências feitas pelo Japão sobre a China e concedidas no Tratado de Versalhes.
Os estudantes foram apoiados por diversos setores que promoveram greves e manifestações.
Em 1921, era fundado, com a participação de Mao Tsé-Tung, o Partido Comunista Chinês (PCC) que se aliou ao Partido Nacionalista (Kuomintang) liderado por Sun Yat-sen.
Em 1925, com a morte de Sun, assumiu o comando Chiang Kai-shek, que rompeu com os comunistas e empreendeu violenta repressão contra o partido.
A Longa Marcha
Em 1926, Mao Tsé-Tung une-se aos militares revolucionários e seu Exército Vermelho, chefiados pelo general Chu The. Juntos retiram-se para Kiangsi, no interior do país, com o objetivo de organizar suas bases de apoio.
Em 1931, ao lado de Chu Teh e Chou Em-lai, Mao Tsé-Tung proclama a República Socialista da China.
No entanto, em 1934, os nacionalistas organizam uma grande campanha militar para esmagar os comunistas.
Fugindo das tropas do governo, cerca de 100 mil homens - “o Exército Popular de Libertação”, liderado por Mao, percorrem dez mil quilômetros a pé – A Longa Marcha, que contornou uma série de obstáculos, defendendo-se dos ataques de Chiang.
Em 1935, os 30 mil sobreviventes chegaram à Shensi. Mao Tsé-Tung foi transformado no líder dos vermelhos.
Diante do insistente avanço japonês, Mao Tsé-Tung propôs a organização de uma nova frente única – Nacionalistas e PCC, o que levou a um acordo, concluído em 1937, que deu ao PCC o controle de parte do exército chinês.
Porém, depois da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), a guerra civil foi retomada, com a vitória progressiva dos comunistas. No dia 1º de outubro de 1949, foi proclamada a República Popular da China.
Mao Tsé-Tung no Poder
Após uma etapa inicial de organização administrativa e de reconstrução começaram as reformas estruturais para a socialização integral.
Na fase de transição (1949-1953), o regime foi misto, continuaram formas capitalistas, paralelamente à socialização progressiva.
Em 1954, com a criação do Congresso Nacional do Povo, Mao Tsé-Tung torna-se presidente da China.
Mao Tsé-Tung organiza o 1º Plano Quinquenal, seguindo o modelo soviético, procurando estimular a industrialização e acelerar a coletivização da agricultura mediante a multiplicação de cooperativas agrícolas. Mao, considerou insatisfatórios os resultados obtidos.
Em 1958, inicia o 2º Plano Quinquenal, que chamou de Grande Salto para Frente, que também não deu os resultados previstos.
Como reflexo das falhas do Grande Salto, em 1959, Mao Tsé-Tung se retirou da presidência da República, mantendo-se na presidência do partido. Assume a chefia do estado, o presidente Liu Shao-chi, que passou a orientar a economia chinesa.
Mao Tsé-Tung jamais renunciou a “política dos grandes saltos à frente”. Em 1966, inicia a Grande Revolução Cultural Proletária, mais conhecida como Revolução Cultural Chinesa, empreendida com o apoio de sua esposa Jiang Qing.
Esta Revolução representava uma tentativa de imposição a seus adversários dentro do partido, que desejavam uma linha política mais moderada. Acusado de traidor, o presidente Lau Shao-chi é destituído e preso.
Com o apoio dos Guardas Vermelhos, recrutados entre estudantes e camponeses, empreendeu a reeducação doutrinária tanto das massas quanto das instituições.
Para eles, Mao era o "Grande Timoneiro". Muitos dos considerados inaptos à nova ordem foram presos e humilhados, vários acabaram mortos.
Qualquer oposição era eliminada. Em 1969, Mao Tsé-Tung voltou à Presidência, desempenhada até sua morte, em Pequim, no dia 9 de setembro de 1976.
Leia também:
Mao Tsé-Tung. Toda Matéria, [s.d.]. Disponível em: https://www.todamateria.com.br/mao-tse-tung/. Acesso em: