Mini simulado de Linguagens, Códigos e suas tecnologias (Enem 2024)

Questão 1

I am a part of all that I have met;
Yet all experience is an arch wherethroʼ
Gleams that untravellʼd world whose margin fades
For ever and forever when I move.
_{TENNYSON, A. "Ulysses", 1842 (fragmento).}

A expressão “I am a part of all that I have met” sugere o(a):

Questão 2

En la conocida fábula de la liebre y la tortuga, se cuenta cómo la liebre, confiada en su velocidad, decide descansar durante una carrera contra la tortuga. Sin embargo, la tortuga, con su paso lento pero constante, termina ganando la carrera. La moraleja de la fábula suele ser que la constancia y la perseverancia son más importantes que la velocidad o la confianza excesiva.

Ahora bien, en la naturaleza, ¿realmente se puede decir que las liebres sean tan confiadas y las tortugas tan perseverantes? Las liebres, en su hábitat natural, son animales muy rápidos, y su agilidad es esencial para escapar de sus depredadores. Por otro lado, las tortugas, aunque lentas, son conocidas por su resistencia y capacidad de adaptación a diferentes ambientes. A pesar de que la fábula tiene un claro objetivo moral, no refleja con precisión el comportamiento real de estos animales.

A fábula é um gênero literário frequentemente utilizado para transmitir ensinamentos morais. No texto, a fábula da lebre e da tartaruga é retomada para:

Questão 3

Clássico da literatura brasileira, este texto de Machado de Assis continua sendo, cento e trinta anos depois de sua publicação original, uma das mais devastadoras observações sobre a insanidade a que pode chegar a ciência. Tão palpitante quanto de leitura prazerosa, O alienista é uma dessas joias da ficção da literatura mundial. Médico, Simão Bacamarte passa a se interessar pela psiquiatria, iniciando um estudo sobre a loucura em Itaguaí, onde funda a Casa Verde - um típico hospício oitocentista -, arregimentando cobaias humanas para seus experimentos. O que se segue é uma história surpreendente e atual em seu debate sobre desvios e normalidade, loucura e razão. Ensaio sobre a loucura e a lucidez, sátira política e comédia de costumes, esta edição de Machado de Assis conta com uma esclarecedora nota introdutória do crítico britânico John Gledson, um dos grandes intérpretes do autor brasileiro.

_{O Alienista. Amazon.com.br. Documento acessado em setembro de 2024, disponível em: https://www.amazon.com.br/Alienista-Machado-Assis/dp/856356093X}

O texto é exemplar de um gênero discursivo que cumpre a função social de:

Questão 4

– Eu tinha chegado havia pouco ao Rio e estava literalmente na miséria. Vivia fugido de casa de pensão em casa de pensão, sem saber onde e como ganhar dinheiro, quando li no Jornal do Comércio o seguinte anúncio:

"Precisa-se de um professor de língua javanesa. Cartas, etc."

Ora, disse cá comigo, está ali uma colocação que não terá muitos concorrentes; se eu capiscasse quatro palavras, ia apresentar-me. Saí do café e andei pelas ruas, sempre a imaginar-me professor de javanês, ganhando dinheiro, andando de bonde e sem encontros desagradáveis com os "cadáveres". Insensivelmente dirigi-me à Biblioteca Nacional. Não sabia bem que livro iria pedir; mas entrei, entreguei o chapéu ao porteiro, recebi a senha e subi. Na escada, acudiu-me pedir a Grande Encyclopédie, letra J, a fim de consultar o artigo a Java e à língua javanesa. Dito e feito. Fiquei sabendo, ao fim de alguns minutos, que Java era uma grande ilha do arquipélago de Sonda, colônia holandesa, e o javanês, língua aglutinante do grupo maleo-polinésico, possuía uma literatura digna de nota, escrita em caracteres derivados do alfabeto hindu.

A Encyclopédie dava-me indicação de trabalhos sobre a tal língua malaia e não tive dúvidas em consultar um deles. Copiei o alfabeto, a sua pronunciação figurada e saí. Andei pelas ruas, perambulando e mastigando letras.

Na minha cabeça dançavam hieróglifos; de quando em quando, consultava as minhas notas; entrava nos jardins e escrevia estes calungas na areia para guardá-los bem na memória e habituar a mão a escrevê-los. À noite, quando pude entrar em casa sem ser visto, para evitar indiscretas perguntas do encarregado, ainda continuei no quarto a engolir o meu "a-b-c" malaio, e, com tanto afinco levei o propósito que, de manhã, o sabia perfeitamente.

(Trecho de O homem que sabia javanês, de Lima Barreto)

A representação do esforço do narrador em aprender a língua javanesa no texto é responsável por:

Questão 5

Os linguistas observam mudanças significativas no uso dos pronomes de tratamento em diversas partes do Brasil. Em regiões como o Rio Grande do Sul, é comum o uso do "tu", enquanto em estados como São Paulo e Minas Gerais, o "você" predomina. No entanto, a informalidade vem ganhando espaço em todas as regiões, sendo o "você" cada vez mais usado em situações em que, antigamente, se usaria o "senhor" ou a "senhora", especialmente entre gerações mais jovens.

Com base no texto, a variação do uso dos pronomes de tratamento no Brasil reflete

Questão 6

Os oceanos cobrem mais de 70% da superfície da Terra e são essenciais para a vida no planeta. No entanto, a ação humana tem colocado esse recurso vital em risco. A poluição marinha, composta principalmente por plásticos, petróleo, esgoto e resíduos químicos, afeta diretamente a biodiversidade e os ecossistemas marinhos. Estima-se que, se as tendências atuais continuarem, até 2050, haverá mais plásticos nos oceanos do que peixes.

Organizações ambientais têm promovido campanhas de conscientização e incentivado ações práticas para combater a poluição dos oceanos. O Dia Mundial dos Oceanos, comemorado em 8 de junho, é uma oportunidade para alertar sobre a necessidade urgente de mudar os hábitos de consumo e investir em práticas sustentáveis. A atenção ao descarte de lixo, o uso responsável de produtos plásticos e a participação em iniciativas de limpeza são algumas das formas que podem contribuir para a preservação dos mares e oceanos.

É fundamental que os indivíduos e as empresas assumam a responsabilidade por suas ações e compreendam o impacto delas no meio ambiente. A proteção dos oceanos é essencial para garantir o equilíbrio ecológico e a sobrevivência das espécies, incluindo a nossa.

Considerando os procedimentos argumentativos utilizados, infere-se que o objetivo desse texto é:

Questão 7

A influência da linguagem na manutenção das estruturas de poder é um tema amplamente discutido em várias áreas do conhecimento. A maneira como a linguagem é utilizada para criar barreiras e distinguir entre grupos sociais pode moldar a dinâmica de poder e controle na sociedade. Em muitos contextos, a complexidade e a especialização da linguagem são usadas para excluir e marginalizar aqueles que não têm acesso ao conhecimento especializado. Essa exclusão pode fazer com que a comunicação entre diferentes grupos se torne difícil ou mesmo impossível, aprofundando a desigualdade.

Nesse texto, a estratégia usada para convencer o leitor de que a especialização da linguagem contribui para a exclusão e desigualdade entre grupos sociais foi:

Questão 8

Nessa campanha publicitária, a imagem do leão e o texto verbal unem-se para reforçar a ideia de que:

Questão 9

O impacto dos videogames na percepção dos esportes

Nos últimos anos, os videogames têm transformado a maneira como as pessoas interagem com os esportes. Através de simuladores esportivos, os jogadores podem experimentar a emoção de estar em campo, sem participar fisicamente. Isso criou um novo tipo de consumo esportivo, em que a experiência virtual é muitas vezes vista como mais emocionante e envolvente do que o esporte real. Nos videogames, os usuários podem realizar proezas atléticas que seriam quase impossíveis na vida real, contribuindo para uma visão idealizada do esporte.

Entretanto, esse fenômeno também atraiu críticas. Alguns especialistas argumentam que a exposição constante a esses simuladores pode distorcer a compreensão do que realmente envolve a prática esportiva, já que os aspectos sociais, lúdicos e físicos do esporte tendem a ser menos valorizados. Além disso, o foco na competição extrema e na busca por resultados rápidos nos jogos pode influenciar a maneira como as gerações mais jovens entendem e praticam o esporte no mundo real.

A reflexão trazida pelo texto, que aborda o impacto dos videogames nos esportes, está fundamentada na

Questão 10

A artista mineira ABC, conhecida por suas instalações interativas, descobriu nas redes sociais uma nova forma de engajamento com o público. Inicialmente acostumada com exposições físicas em galerias e museus, ela passou a explorar as plataformas digitais como um meio de ampliar o alcance de suas obras e conectar-se com um público diverso e global. “As redes não são apenas uma ferramenta de divulgação, mas um espaço onde posso dialogar diretamente com as pessoas sobre minha arte”, comenta a artista.

Além de expor seu trabalho, ABC também utiliza as redes para acompanhar as novas tendências artísticas, participar de colaborações internacionais e organizar exposições virtuais. Para ela, o ambiente digital oferece possibilidades criativas e colaborativas que não seriam possíveis no formato tradicional.

A artista ABC utiliza as redes sociais principalmente com o objetivo de:

Questão 11

Texto I 

Texto II

O conceito de ready-made, criado por Marcel Duchamp, desafia as convenções tradicionais de arte ao selecionar objetos comuns e elevá-los ao status de obra de arte, sem qualquer manipulação estética. Sua peça mais icônica, Fonte (um urinol assinado "R. Mutt"), introduziu um novo entendimento sobre o que pode ser considerado arte. Ao expor um objeto de uso cotidiano em galerias, Duchamp questionou o papel do artista e da própria arte.

A obra Fonte de Duchamp e seu conceito de ready-made propõem:

Questão 12

Nas asas da leitura, de Costa Senna

Neste Cordel falarei
sobre meu melhor amigo,
que me ajuda a encontrar
lazer, trabalho, abrigo.
Desde meus primeiros anos,
ele é parte dos meus planos
e segue sempre comigo.

Leio livro em minha cama,
em ônibus, metrô ou trem,
em navio ou avião,
ou mesmo esperando alguém.
Leio para o povo ouvir.
Leio para transmitir
a riqueza que ele tem.

No poema de Costa Senna, há uma clara exaltação da leitura como

Questão 13

Hoje sou adulta. Mas não se iludam: ainda saio da cama de madrugada para ver um cavalo em revoada no jardim quando venta.

Ele está em cada frase que escrevo.

Nesta mesma claridade de uma lua impossível aprisionada na tela do meu computador, nesta noite verdadeira ou falsa, nesta hora nenhuma é que as coisas acontecem. Quando desabam paredes e abrem-se portas em tantos corredores dando para outros salões e novas portas, a fantasia senta-se ao pé de mim desembaraçando os cabelos.

O meu é o reino das palavras: aqui tudo pode ser dito – a cada um cabe inventar os significados, interpretar as charadas, preencher os silêncios.

Este é o lugar do impalpável que a muitos incomoda: são os que fecham meus livros sem ler, sacodem a cabeça – e não entenderão.

(Trecho de Mar de dentro, de Lya Luft)

O recurso linguístico que permite à autora construir a atmosfera de irrealidade e fantasia no texto é a

Questão 14

— Que culpa tem você que merecesse mais a seu tio que os outros parentes? Não foi você que fez o testamento nem andou a bajular o defunto, como os outros. Se ele deixou tudo a você, é que o achou melhor que eles; fique-se com a fortuna, que é a vontade do morto, e não seja tolo.

Quintanilha acabou concordando. Dos parentes alguns buscaram reconciliar-se com ele, mas o amigo mostrou-lhe a intenção recôndita dos tais, e Quintanilha não lhes abriu a porta. Um desses, ao vê-lo ligado com o antigo companheiro de estudos, bradava por toda a parte:

— Aí está, deixa os parentes para se meter com estranhos; há de se ver o fim que leva.

Ao saber disto, Quintanilha correu a contá-lo a Gonçalves, indignado. Gonçalves sorriu, chamou-lhe tolo e aquietou-lhe o ânimo; não valia a pena irritar-se por ditinhos.

— Uma só cousa desejo, continuou, é que nos separemos, para que se não diga...

(Trecho de Pílades e Orestes, de Machado de Assis)

No fragmento, o conflito central explora as tensões familiares e sociais em torno da herança. Essa tensão revela a

Questão 15

No dia mesmo em que foi contratado, fomos procurar a funcionária encarregada do nosso dossiê na seguridade social. A sra. Dobbins era uma mulher negra e gorda, com olhos brilhantes e covinhas quando sorria. Certa vez, disse que cantava na igreja, e acreditei, pois tinha uma voz que me fazia pensar em leite morno com mel. Baba pôs a pilha de tíquetes-alimentação em cima da escrivaninha, à sua frente.

— Obrigado, mas não quero isso — disse ele. — Trabalho sempre. Trabalhei no Afeganistão, trabalho nos Estados Unidos. Muito obrigado, sra. Dobbins, mas não gosto de dinheiro dado de graça.

A sra. Dobbins piscou, incrédula. Pegou os tíquetes-alimentação, olhou para meu pai e para mim como se estivéssemos brincando, ou "de gozação com ela", como dizia Hassan.

— Há quinze anos que trabalho com isso — disse ela — e nunca tinha visto alguém fazer uma coisa como essa.

E foi assim que baba pôs um fim àqueles momentos de humilhação, quando tínhamos que apresentar os tíquetes na caixa registradora, e, com isso, abrandou um dos seus maiores medos: que algum afegão o visse comprando comida com dinheiro dado de esmola. Ele saiu do escritório da previdência como um homem curado de um tumor.

(Trecho de O caçador de pipas, de Khaled Hosseini)

O texto retrata um episódio que ilustra um conflito de valores e uma recusa de ajuda social por parte de baba. Esse comportamento revela, principalmente,