Minimalismo
A expressão “Minimalismo” (do inglês, “Minimal Art”) faz referência aos movimentos estéticos, científicos e culturais que surgiram em Nova York, entre o fim dos anos de 1950 e início da década de 1960.
Esses movimentos primavam pelo mínimo de recursos e elementos utilitários, reduzindo todos seus aspectos ao nível essencial.
Já em 1966, o filósofo e critico de artes Richard Arthur Wollheim (1923- 2003) já apontava o minimalismo daquela década como uma das correntes que mais influenciariam o campo das artes visuais, arquitetura, design, música, programação visual, desenho industrial, durante o século XX.
Principais características do Minimalismo
Em termos gerais, os movimentos minimalistas se caracterizam pela austeridade e síntese, inclusive dos meios e usos da abstração.
Enquanto aspecto filosófico, o minimalismo irá adequar às necessidades da vida aquilo que é realmente essencial, descartando as futilidades no caminho da realização pessoal.
No campo das artes, normalmente está representado de forma abstrata e “crua”, de modo a revelar a origem industrial e a natureza dos materiais que compõem a obra minimalista, a qual, via de regra, interage com o público.
Minimalismo nas Artes Plásticas
Nas artes plásticas, o minimalismo surgiu em Nova York, ainda na década de 1950, quando um grupo de artistas passou a lançar mão de poucos elementos para fundamentar suas obras, abusando de atributos visuais criados a partir de um pequeno número de cores.
Eles privilegiaram as formas geométricas simples, puras, simétricas e repetitivas, reduzindo os objetos aos seus aspectos de reprodução em série para que eles sejam mais bem percebidos em seu próprio contexto.
Já do ponto de vista do conteúdo das representações, é comum a ausência de emotividade.
Assim, as estruturas minimalistas suportam uma bi ou tridimensionalidade que lhe permite vencer os conceitos tradicionais, principalmente acerca da necessidade do suporte que limitava pintura e a escultura aos seus respectivos campos de ação.
Este caráter geométrico é fruto da influência construtivista, a qual buscava uma linguagem universal para expressão artística.
Neste campo, os principais destaques são: Sol LeWitt (1928-2007), Frank Stella (1936), Donald Judd (1928-1994) e Robert Smithson (1928-1994).
Minimalismo no Design
Muitas vezes oposto ao design funcionalista, o design minimalista é caracterizado pelo despojamento formal típico da década de 1980. Tem-se aqui a redução formal e uso de cores neutras como uma forma de se opor aos movimentos pós-modernos no design.
Destacaram-se aqui: Philippe Starck (1949), Shiro Kuramata (1934-1991) e John Pawson (1949).
Minimalismo na Música
Na Música, o minimalismo se destacou pela composição com poucas notas musicais.
Os artistas utilizam o mínimo de variações sonoras para criar um ritmo pulsante e hipnótico, a partir da repetição harmônica de pequenos trechos, como na música eletrônica e psicodélica.
Destacam-se na produção musical minimalista: Philip Glass (1937), Steve Reich (1936) e Arvo Part (1935).
Para saber mais sobre o contexto em que se deu esse movimento, leia:
Minimalismo na Literatura
No campo literário, o minimalismo se caracterizou pela produção de minicontos (microcontos).
O foco estava na economia de palavras, evitando assim, os advérbios. Os cenários eram pouco explícitos em que faziam parte personagens banais.
Destacam-se aqui os nomes de Raymond Carver (1938-1988) e Ernest Hemingway (1899 -1961).
Minimalismo. Toda Matéria, [s.d.]. Disponível em: https://www.todamateria.com.br/minimalismo/. Acesso em: