Pintura Romana
A história da pintura romana pode ser contada pelas paredes da cidade de Pompeia, que foi soterrada pelas cinzas do Monte Vesúvio em 79 d.C.
A erupção também atingiu a cidade de Herculano, mas em Pompeia, as cinzas vulcânicas ajudaram a preservar as cores das pinturas nas paredes das casas, os chamados afrescos.
A técnica do afresco consiste na aplicação da tinta sobre o gesso ainda molhado, o que ajuda a fixar a pintura. Com o tempo, a exposição da luz e ao ar, os pigmentos tendem a desaparecer, o que não ocorreu em Pompeia justamente pelo evento da erupção.
Os Quatro Estilos de Pintura em Pompeia
A pintura romana nas paredes de Pompeia foi classificada em quatro estilos pelo alemão Augusto Mau(1840 - 1909), no século XIX.
Primeiro Estilo - Incrustração
O primeiro estilo é a "incrustração" e data do período helenístico até o século II a.C. em Alexandria. É caracterizado por paredes coloridas que imitam blocos de mármore.
Nesse estilo, camadas de gesso eram colocadas nas paredes para dar um efeito tridimensional. Para fazer com que essas paredes parecessem mármores caros, habilidosos pintores imitavam padrões nesses gessos.
Segundo Estilo - Arquitetônico
O segundo estilo em Pompeia é classificado como "estilo arquitetônico". Esse modo é uma mistura do primeiro período, mas não se usava mais o gesso e a ilusão de profundidade era dada apenas com a pintura.
Diferente do primeiro estilo, o segundo tenta enganar a visão e dá a impressão ao observador de estar olhando através de uma janela onde há pinturas ilusionistas.
No segundo estilo, os elementos arquitetônicos são usados para conduzir as pinturas e, assim, surgem imagens de colunas e relevos fantásticos que dão a ilusão de movimento.
Entre os exemplos deste tipo de pintura estão as instaladas na Vila dos Mistérios. São pinturas em tamanho natural que envolvem o observador.
Terceiro Estilo - Enfeitado
O "estilo enfeitado", o terceiro estilo de Pompeia tinha as superfícies com planos mais modestos, sem tanta ilusão de profundidade, mas rico em detalhes.
Nesse estilo foram incorporadas colunas e frontões que só poderiam ser imaginados para uma parede pintada.
No centro das paredes, os pintores exibiam cenas bucólicas da zona rural, com gado, pastores, santuários e colinas.
Quarto Estilo - Intrincado
O "estilo intricado", como foi batizado por Mau, foi muito usado do século I d.C. até a destruição de Pompeia. Esse é considerado uma união dos três estilos.
São usados simulações de mármore na base das paredes, assim como o primeiro etilo; cenas arquitetônicas naturalistas, como no segundo estilo; grandes superfícies planas com detalhas arquitetônicos no terceiro estilo.
No quarto estilo são encontrados também imagens em painéis centrais incorporando a mitologia, paisagens e imagens da vida cotidiana.
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Pintura romana Pós-Pompeia
A pintura e a arquitetura monumental em Roma permaneceu após a destruição de Pompeia, fato evidente. A continuação, contudo, é vista como uma cópia do estilo desenvolvido antes da tragédia do Vesúvio.
Escultura Romana
A escultura romana foi marcada pela influência grega. Os romanos passaram a dominar a técnica de esculpir em pedra, bronze, metais preciosos e marcaram um estilo próprio, com riquezas de detalhes, sob a influência direta do domínio do império.
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Arquitetura Romana
Já a arquitetura romana é destacada pela imponência, pela influência das campanhas bélicas e por marcar o poderio do império. Entre os exemplos está o Arco de Constantino, construído em 312 d.C. para perpetuar a vitória do imperador Constantino na batalha do Monte Mílvio.
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AIDAR, Laura. Pintura Romana. Toda Matéria, [s.d.]. Disponível em: https://www.todamateria.com.br/pintura-romana/. Acesso em: