Planalto Central Brasileiro

O Planalto Central Brasileiro é uma das regiões mais extensas e importantes do Brasil, localizado na porção central do território nacional. Consiste numa grande área plana e alta (platô).

Além de abrigar a capital nacional, Brasília, essa região concentra importantes áreas de preservação ambiental e é crucial para a hidrografia do Brasil. O local começou a ter um grande desenvolvimento por conta da construção de Brasília, na década de 60.

Principais Características

Localização

O planalto central é uma região que está localizada na porção central do Brasil e abrange os estados de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins e Minas Gerais, além do Distrito Federal.

Esta localização estratégica contribuiu para o desenvolvimento da região, especialmente a partir da construção de Brasília, na década de 1960, que impulsionou a infraestrutura e a ocupação do interior do país.

Relevo

O relevo do Planalto Central é caracterizado pela presença de chapadas e serras, com altitudes que variam entre 300 e 1.650 metros. As chapadas são as formações mais marcantes da região, entre as quais se destacam a Chapada dos Veadeiros, a Chapada dos Guimarães, a Chapada dos Parecis e o Espigão Mestre. Essas formações se originaram de processos geológicos que elevaram grandes blocos de rocha, posteriormente moldados pela ação de ventos e chuvas.

A Chapada dos Veadeiros, localizada no estado de Goiás, é o ponto mais alto da região, com uma altitude máxima de 1.650 metros, sendo também um importante parque nacional que atrai turistas em busca de sua biodiversidade e paisagens impressionantes.

A Chapada dos Guimarães, localizada no estado do Mato Grosso, é conhecida por suas escarpas, cachoeiras e cânions, com altitudes que podem chegar a cerca de 850 metros. A região é também um ponto turístico importante, especialmente pelo Parque Nacional de Chapada dos Guimarães, que protege uma grande biodiversidade.

A Chapada dos Parecis, que se estende pelos estados do Mato Grosso e Rondônia, destaca-se pela presença de rios que formam inúmeras cachoeiras e quedas d'água. Além disso, é uma área de grande interesse para a agricultura, sendo uma das principais regiões produtoras de grãos do Brasil.

O Espigão Mestre, que também faz parte do Planalto Central, é uma cadeia de elevações que atravessa a região. O relevo é um divisor de águas entre bacias hidrográficas importantes, como as bacias do Tocantins, do São Francisco e do Paraná.

Fauna e flora

O cerrado é a principal cobertura vegetal do planalto central brasileiro. Além dele, a região abriga parte da mata atlântica e dos Campos de altitude.

Com mais de 3 mil espécies de vegetais, a flora do planalto central é bem diversificada das quais se destacam: ipê, aroeira, pau serra, pequi, copaíba, orquídeas, dentre outras.

Muito diversificado, conta com a presença de árvores baixas, esparsas, troncos retorcidos, folhas grossas e raízes longas, além de gramíneas e arbustos.

A fauna também é bastante rica, com mais de 1.500 espécies de animais, entre eles aves, mamíferos, répteis e insetos. Espécies como o lobo-guará, o tamanduá-bandeira e o tatu-canastra habitam a região, o que reforça a importância da conservação desse bioma único.

Clima

O clima predominante no Planalto Central é o tropical, com duas estações bem definidas: uma chuvosa, que ocorre entre outubro e março, e outra seca, de abril a setembro.

As temperaturas são elevadas durante todo o ano, com médias que variam entre 18°C e 28°C. Esse regime climático é típico das áreas de planalto e está diretamente relacionado à vegetação do Cerrado.

Saiba mais sobre o clima da região em: Clima da Região Centro-Oeste

Recursos hídricos

Uma das características mais marcantes do Planalto Central é seu papel na hidrografia do Brasil. A região abriga as nascentes de rios importantes, como o Rio Tocantins, o Rio Araguaia e o Rio São Francisco, essenciais para o abastecimento de água e para a geração de energia hidrelétrica.

Além de integrar a Bacia Tocantins-Araguaia, o Planalto Central também contribui para a Bacia Amazônica e a Bacia do São Francisco, tornando-se um verdadeiro divisor de águas no Brasil.

Desenvolvimento econômico e ambiental

Com a construção de Brasília e a expansão da fronteira agrícola, o Planalto Central se tornou uma das regiões mais produtivas do país. A agricultura, especialmente o cultivo de soja, milho e algodão, encontrou no Cerrado um solo fértil, embora ácidos, corrigido por técnicas modernas de manejo.

No entanto, o avanço da agropecuária trouxe desafios ambientais significativos, como o desmatamento e a degradação dos solos, o que coloca em risco a biodiversidade e os recursos hídricos da região.

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