Polvos: quantidade de tentáculos, alimentação e características

Rubens Castilho
Rubens Castilho
Professor de Biologia e Química Geral

Os Polvos são classificados no filo dos moluscos, na classe dos cefalópodes, com as lulas, sépias e náutilos. Possuem oito tentáculos (braços) e aproximadamente 300 ventosas em cada um deles.

São animais predadores/oportunistas, ou seja, realizam armadilhas para a captura de suas presas, como aproveitam situações com alimentos já disponíveis.

Dessa maneira, alimentam-se de uma variedade de outros animais como, por exemplo, peixes, outros moluscos, crustáceos e outros cefalópodes.

Características dos Polvos

Polvos são classificados no filo dos Moluscos, classe dos Cefalópodes, ordem Octopodida e família Ocotopodidae. A família Octopodidae possui 24 gêneros, entre eles o gênero com maior número de espécies e o Octopus.

espécies de polvos

Os polvos são animais octópodes, ou seja, possuem oito braços. Os braços são geralmente chamados de tentáculos, pois são maleáveis, flexíveis e hábeis. Essas estruturas têm função de locomoção, nado, captura de alimentos e manipulação de objetos.

São animais extremamente inteligentes, possuem olhos com excelente acuidade. Dessa maneira, conseguem discriminar cores, perceber a polarização da luz e possuem células similares aos olhos humanos, os bastonetes.

Os polvos costumam habitar tanto regiões pelágicas, ou seja, mais à superfície, e regiões bentônicas, no fundo do mar. Seus habitats favoritos são em rochas ou fendas no substrato nos quais podem se esconder.

Possuem um sistema nervoso bem desenvolvido com presença de cérebro verdadeiro com, aproximadamente, meio bilhão de células nervosas. Sua circulação é fechada e sua respiração branquial.

Uma importante característica dos polvos é a sua capacidade de camuflagem. Esses animais são excelentes em captar as cores do ambiente e por meio de células com pigmentos especiais, os cromóforos, conseguem alterar a coloração dos seus corpos.

No que diz respeito à reprodução, os polvos são animais ovíparos, ou seja, colocam ovos. Quando ocorre o momento da postura de ovos, as fêmeas organizam todos em lugar seguro e costuma vigiar o local e protegê-lo de possíveis predadores.

Apesar de invertebrados, é comum haver cuidado parental entre os polvos, logo, as fêmeas protegem os filhotes quando saem dos ovos.

Alimentação dos Polvos

Dependendo da região em que habitam, os polvos tenderão a se alimentar dos animais disponíveis. Por exemplo, polvos que vivem mais próximos à superfície costumam comer peixes, outros moluscos, crustáceos, aves ou mamíferos marinhos.

Os polvos bentônicos, ou seja, que vivem no fundo do mar, costumam comer crustáceos, moluscos e outros cefalópodes. O que demonstra que sua dieta é bem variável, a depender da região que determinada espécie habita.

Diferenças entre Polvos e Lulas

Entre os cefalópodes, é mais comum haver confusão na diferenciação entre lulas e polvos. Para não haver mais dúvida quanto a isso, lembre-se que os polvos são mais arredondados do que as lulas. Além disso, possuem quantidades de braços diferentes. Enquanto os polvos possuem oito braços, as lulas possuem oito braços e dois tentáculos.

Diferenças anatômicas entre polvos e lulas
Diferenças visuais entre lulas e polvos

Dessa maneira, totalizam-se dez membros, sendo oito para captura de alimentos e locomoção e dois para auxiliar na reprodução das lulas.

Outro aspecto que diferencia as lulas dos polvos é a presença de concha interna. As lulas possuem essa estrutura composta de carbonato de cálcio, enquanto os polvos não a possuem.

Veja também:

Referências Bibliográficas

MOREIRA, ANGELA APARECIDA. DO POLVO COMUM (Octopus cf. vulgaris). 2008. Tese de Doutorado. Instituto de Pesquisas Tecnológicas.

LEITE, T. S.; HAIMOVICI, M. Biodiversidade e Habitat dos Polvos de Águas Rasas das Ilhas Oceânicas do Nordeste Brasileiro. In: ALVES, R. J. V.; CASTRO, J. W. A. (Ed.) Ilhas Oceânicas Brasileiras da pesquisa ao manejo. MMA, Brasília, p. 200-214, 2006.

Rubens Castilho
Rubens Castilho
Biólogo (Licenciado e Bacharel), Mestre e Doutorando em Botânica - Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Atua como professor de Ciências e Biologia para os Ensinos Fundamental II e Médio desde 2017.