Queda de Constantinopla
A queda de Constantinopla, também chamada de tomada de Constantinopla, ocorreu em 29 de maio de 1453 e finalizou o Império Bizantino.
A cidade, considerada o centro do mundo, foi tomada pelos turcos otomanos e a conquista marcou o fim da Idade Média e o início de uma nova época para a Europa, o Renascimento.
A rota de acesso ao Mar Negro pela Europa, dando acesso à Índia, foi fechada. Assim, houve a necessidade de busca de uma nova rota marítima, o que resultou nas grandes navegações e as conquistas ultramarinas, com a descoberta da América - o Novo Mundo.
Antecedentes
Em 330 d.C., o imperador romano Constantino fundou a cidade de Constantinopla, que ficava sobre aldeia grega Bizâncio. O objetivo era transformar o local em nova capital imperial. A cidade ficava em frente ao estreito de Bósforo, que liga a Europa à Ásia.
Constantinopla foi durante séculos a sede do poder imperial, mesmo após a queda do Império Romano do Ocidente, em 476 d.C. A cidade era praticamente imune, como o ocorrido em 378 d.C., quando foi atacada pelos godos, mas os mouros impediram a conquista.
Por ser fundada por um imperador romano, a cidade era cristã e manteve a linha de frente contra o Islã, mas ao fim da Idade Média, o poder bizantino foi diminuindo.
Paralelo ao enfraquecimento do Império Bizantino, os turcos otomanos iniciam uma série de conquistas e Constantinopla passa a integrar a rota dos desejos do sultão.
Constantinopla já havia fraquejado após a Quarta Cruzada, em 1204, quando caiu para os cavaleiros católicos e no século XIV, a Peste Negra - peste bubônica - dizimou metade da população.
Foi em 1451, que o sultão otomano Mehmed II, que tinha 19 anos, iniciou o programa bélico para conquistar Constantinopla.
Em 6 de abril de 1453, a tropa otomana, composta por 200 mil homens, atacou a cidade, governada por Constantino XI - o último imperador bizantino.
A resistência bizantina foi grande, mas em 26 de maio, Mehemed II comandou o grande ataque, levando ao campo soldados muçulmanos treinados durante anos para a batalha. Entre os soldados estavam meninos cristãos sequestrados e convertidos ao islamismo.
As consequências da queda de Constantinopla
Tomada, Constantinopla foi proclamada a nova capital do Islã e ganhou uma nova posição na Europa Oriental.
A Europa cristã permaneceu dois séculos e meio temendo uma completa invasão do Islã, principalmente após Viena sofrer com dois estados de sítios, o primeiro, em 1529, e o segundo, em 1683.
Por medo da conversão forçada ao Islã, gregos e outros povos dos Balcãs fugiram através do Mar Adriático para a Itália. Eles levaram consigo obras de arte, manuscritos e estudos que foram imprescindíveis para o início do Renascimento.
O império otomano dominou Constantinopla até o início da Primeira Guerra Mundial.
Leia também:
Queda de Constantinopla. Toda Matéria, [s.d.]. Disponível em: https://www.todamateria.com.br/queda-de-constantinopla/. Acesso em: