Romance Urbano
O Romance Urbano ou Romance de Costumes designam as obras que retratam o Brasil, principalmente o Rio de Janeiro, no Segundo Reinado (1831-1840).
Apontam os aspectos negativos da vida urbana e dos costumes burgueses.
Características do romance urbano
Esses romances abordam as intrigas amorosas e as desigualdades econômicas. O fim é, invariavelmente, feliz e com a vitória do amor.
Obras do romance urbano
O livro Memórias de um Sargento de Milícias, publicado em 1852 por Manuel Antônio de Almeida (1831-1861), é considerado a principal obra do estilo Romance Urbano ou de Costumes.
A obra é classificada como inovadora para a época, abandona a visão da burguesia urbana e retrata toda a simplicidade do povo.
O autor descreve a cidade, a sociedade e os costumes com malícia, humor e sátira, em um momento de mudança da mentalidade colonial para a vida da corte.
O personagem principal "Leonardo" é considerado um "anti-herói", vive à margem da sociedade e se comporta desta maneira.
É um vagabundo escandaloso que rompe com os padrões românticos da época. Na verdade, a obra é uma crônica de costumes.
A maneira como descreve seus personagens, cheios de defeitos reais, faz de Manuel Antônio de Almeida um dos precursores do Realismo no Brasil.
O escritor que marcou o Romance Regionalista ou de Costumes, contudo, foi José de Alencar (1829-1877). José de Alencar escreveu as seguintes obras: Cinco Minutos, Sonhos d'Ouro, Encarnação, A Viuvinha, Lucíola, Diva e Senhora.
Apesar de explorar a crítica ao ideal burguês, José de Alencar retrata o amor, que vence todos os obstáculos no fim.
Leia também:
DIANA, Daniela. Romance Urbano. Toda Matéria, [s.d.]. Disponível em: https://www.todamateria.com.br/romance-urbano/. Acesso em: