Tipos de caule

Lana Magalhães
Lana Magalhães
Professora de Biologia

O caule é a parte da planta com a função de sustentação e condução de substâncias.

Os caules podem apresentar uma diversidade de formas. Por isso, eles são classificados em aéreos, subterrâneos e aquáticos.

Caules aéreos

Os caules aéreos podem ser dos seguintes tipos:

Tronco

Tronco de árvore
Os troncos podem apresentam várias ramificações

O tronco é um tipo de caule aéreo ereto, um dos mais comuns que existem.

Ele apresenta estrutura cilíndrica que pode ter ramificações. É mais comum de ser encontrado em plantas de médio a grande porte.

É o tipo de caule característico das grandes árvores.

Haste

Couve
A couve apresenta caule do tipo haste

A haste é um tipo de caule aéreo e ereto. Apresenta estrutura mole e frágil, com coloração esverdeada.

O exemplo mais típico de haste ocorre no caule das couves e de algumas ervas

Colmo

Caule de bambu
No colmo observamos facilmente os nós e entrenós

O colmo é um caule aéreo e sua principal característica é a presença de nós e entrenós visíveis em toda a sua extensão.

Os entrenós formam gomos que podem ser ocos, como no bambu, ou preenchidos, a exemplo da cana-de-açúcar.

Estipe

Palmeiras
Palmeiras apresentam caules do tipo estipe

O estipe é um caule ereto, rígido e longo. Em geral, ele não se ramifica e as folhas sempre surgem no seu ápice.

As palmeiras são os exemplos clássicos de plantas com caule do tipo estipe.

Rizóforos

Rizóforos no mangue
Os rizóforos ocorrem em plantas do mangue

O rizóforo é um tipo de caule aéreo que tem como característica principal o geotropismo positivo, crescendo em direção ao solo, no mesmo sentido da gravidade.

Essa condição favorece o surgimento de raízes adventícias, importantes para o desenvolvimento de plantas no mangue.

Caules subterrâneos

Os caules também podem se desenvolver de forma subterrânea e apresentar os seguintes tipos:

Rizomas

Rizomas
Rizomas do gengibre

Os rizomas são caules subterrâneos que crescem de forma horizontal e podem se ramificar.

Eles apresentam gemas, de onde surgem as brotações para dar origem a novas plantas.

Os rizomas são encontrados nas bananeiras, gengibre e samambaias.

Tubérculos

Tubérculo da batata
Tubérculos na batata

Os tubérculos são caules subterrâneos que acumulam substâncias de reserva energética.

Por isso, muitas vezes os tubérculos são comestíveis. Exemplo: batata, inhame, cará.

Na superfície dos tubérculos também são encontradas as gemas, as quais podem originar novas plantas.

Bulbos

Caules subterrâneos da cebola
Bulbo é um tipo de caule que pode armazenar substâncias

Os bulbos são caules e folhas subterrâneas que podem armazenar substâncias de reserva.

No caso, o caule apresenta uma forma achatada, sendo chamado de prato. Enquanto as suas folhas são suculentas e armazenam as substâncias.

São exemplos de bulbos, a cebola e o alho.

Caules aquáticos

vitória-régia
A vitória-régia apresenta caules aquáticos

Os caules aquáticos são os que se desenvolvem dentro da água, apresentando estruturas diferenciadas para o armazenamento de ar, permitindo que a planta flutue.

São exemplos de caules aquáticos os encontrados na vitória-régia, aguapé e elódea.

Saiba mais:

Adaptações caulinares

Os caules também apresentam alguns tipos de adaptações que auxiliam no estabelecimento das plantas aos diferentes ambientes.

Cladódios

Cladódio
Os cactos apresentam cladódios

Os cladódios auxiliam na realização da fotossíntese e armazenamento de água. É comum em plantas de clima seco, como os cactos.

Eles consistem em caules aéreos verdes e surgem em plantas que perdem suas folhas para evitar a perda de água.

Nesse caso, os cladódios assumem o aspecto de folha.

Gavinhas

Gavinha
As gavinhas são elementos de fixação

As gavinhas são ramos em forma de espiral que auxiliam no suporte e fixação de plantas trepadeiras em um determinado suporte.

Elas são encontradas nas videiras e maracujás.

Espinhos

Planta com espinhos
Os espinhos oferecem proteção a planta

Os espinhos são estruturas resistentes, afiadas e que não realizam fotossíntese.

Eles servem como proteção para a plantas e são difíceis de serem removidos.

Encontramos espinhos, por exemplo, nas laranjeiras, limoeiros e cactos.

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Lana Magalhães
Lana Magalhães
Licenciada em Ciências Biológicas (2010) e Mestre em Biotecnologia e Recursos Naturais pela Universidade do Estado do Amazonas/UEA (2015). Doutoranda em Biodiversidade e Biotecnologia pela UEA.