Voltaire: biografia, obras e frases
Voltaire foi um destacado filósofo, historiador e pensador do Iluminismo francês, além de ter desenvolvido trabalhos como dramaturgo, poeta e ensaísta.
François Marie Arouet, mais conhecido pelo pseudônimo Voltaire, nasceu em Paris, no dia 21 de novembro de 1694.
Descendente de família aristocrática, recebeu uma boa educação, sendo um aluno muito aplicado. Estudou línguas (latim e grego), dialética e teologia, no colégio jesuíta "Collège Louis-le-Grand", em Paris.
Junto a Rousseau (1712-1778) e Montesquieu (1689-1755), Voltaire foi um dos mais importantes pensadores do Iluminismo Francês, movimento cultural e intelectual da elite europeia do século XVIII que se pautava na razão.
Voltaire era defensor da ciência, do progresso, ao mesmo tempo que tolerava a diferença e defendia, sobretudo, a liberdade de expressão.
Chegou a combater o absolutismo e criticar a aristocracia e o poder da Igreja Católica. Segundo ele, “A primeira lei da natureza é a tolerância; já que temos todos uma porção de erros e fraquezas.”
Diante disso, o filósofo foi um agitador cultural e divulgador de suas ideias e, ao publicar versos gozadores sobre os governantes, foi preso na Bastilha (1717-1718). É nesse momento que adota o pseudônimo Voltaire.
Sempre com um espírito polêmico, foi novamente preso e mais tarde teve que se exilar durante os anos 1726-1728, na Inglaterra.
Faleceu na sua cidade Natal, dia 30 de maio de 1778, mesmo ano que foi iniciado maçom.
Lista de obras
Voltaire foi um escritor prolífico, autor de aproximadamente 70 obras, da qual faz parte diversos ensaios, romances, poemas, peças de teatro e obras teóricas:
- Édipo (1718);
- Poema da Liga (1723);
- A Henríada (1728);
- História de Charles XII (1730);
- Brutus (1730);
- Epístola a Urânio (1733);
- Cartas filosóficas (1734);
- Tratado de Metafísica (1736);
- O infante pródigo (1736);
- Elementos da Filosofia de Newton (1738);
- Zulime (1740);
- Tancredo (1760);
- Tratado sobre a tolerância (1763);
- Dicionário filosófico (1764);
- Pequena Digressão (1766);
- O ingênuo (1767);
- A princesa da Babilônia (1768);
- Irene (1778);
- Agathocle (1779).
Frases icônicas
- “Posso não concordar com nenhuma das palavras que você disser, mas defenderei até a morte o direito de você dizê-las.”
- “Uma coletânea de pensamentos é uma farmácia moral onde se encontram remédios para todos os males.”
- “Se o homem nasceu livre, deve governar-se; se ele tem tiranos, deve destroná-los.”
- “Devemos julgar um homem mais pelas suas perguntas que pelas respostas.”
- “A poesia é a música da alma, e, sobretudo, de almas grandes e sentimentais.”
- “Os homens erram, os grandes homens confessam que erraram.”
- “O trabalho poupa-nos de três grandes males: tédio, vício e necessidade.”
- “Se Deus não existisse, seria preciso inventá-lo.”
Leia também:
- Iluminismo: o que foi, principais pensadores e ideias que defendiam
- John Locke: biografia, suas principais ideias e obras
- Montesquieu
- Jean-Jacques Rousseau
- Adam Smith
- Filósofos Iluministas
Referências Bibliográficas
O melhor de todos os mundos possíveis? IN: WARBURTON, Nigel. Uma breve história da Filosofia. Porto Alegre, RS: L&PM, 2012. p. 66-69.
SOUZA, Thiago. Voltaire: biografia, obras e frases. Toda Matéria, [s.d.]. Disponível em: https://www.todamateria.com.br/voltaire/. Acesso em: