Artigo científico

Daniela Diana
Daniela Diana
Professora licenciada em Letras

O artigo científico é um trabalho de teor científico produzido por um ou mais autores sobre determinado tema.

Geralmente, ele é publicado em algum veículo científico como revistas, plataformas de estudos, anais de congressos, etc.

Ainda que alguns utilizem o termo artigo acadêmico como sinônimo, na verdade esse é um artigo escrito por alguém que possui algum vínculo acadêmico (faculdade, universidade, centros educacionais, etc).

A estrutura de acordo com a ABNT

Segundo as Normas da ABNT, a estrutura de um artigo científico é composta pelas seguintes partes:

1. Elementos pré-textuais

Recebem esse nome pois são elementos que aparecem antes do corpo do texto. São eles:

Título e subtítulo (se houver): o título deve estar centralizado e se houver subtítulo deve estar separado por dois pontos.

Nome(s) do(s) autor(es): abaixo do título do artigo, aparece o nome(s) do(s) autor(es). Ele deve estar alinhado à direita e se houver mais autores os nomes são separados por ponto e vírgula. Junto à isso, adiciona-se um asterisco que leva a uma nota de rodapé com um minicurrículo do autor.

Resumo na língua vernácula: escrito em um parágrafo, geralmente contém até 150 palavras (pode conter até 500 palavras em alguns casos) e deve ser apresentado com o espaçamento simples.

Palavras-chave na língua vernácula: 3 palavras-chave no mínimo devem ser utilizadas. Elas representam alguns termos que se destacam na pesquisa.

Exemplo:

O consumo colaborativo na contemporaneidade: os impactos nos indivíduos, nas organizações e no meio ambiente

Daniela Diana.*

RESUMO

O consumo colaborativo — também chamado de economia colaborativa ou economia compartilhada — é um modelo socioeconômico construído por meio do compartilhamento de recursos humanos, físicos e intelectuais, cujos produtos e/ou serviços são partilhados por diferentes indivíduos e organizações. O objetivo central do artigo é abordar e analisar sobre o tema do consumo colaborativo na sociedade atual, bem como o impacto desse novo modelo nos indivíduos, nas organizações e no meio ambiente. Propõe-se, assim, apresentar reflexões e analisar a influência desse novo paradigma de consumo na atualidade, baseado no princípio da descentralização e que traz à tona uma nova maneira de fruição, de modo que, para os indivíduos, o mais importante nessa perspectiva são as experiências em detrimento da posse de bens materiais. Sob essa ótica, o consumo colaborativo pode ser considerado como uma cultura de acesso (onde todos possam usufruir de experiências) em oposição a uma cultura de posse.

Palavras-chave: consumo colaborativo; cultura de acesso; cultura de posse.

*Licenciada em Letras pela Universidade Estadual Paulista (Unesp/SP) e Bacharelada em Produção Cultural pelo Universidade Federal Fluminense (UFF/RJ).

2. Elementos textuais

Representa o corpo do texto propriamente dito e está dividido em três partes:

Introdução: a introdução é a parte inicial que apresenta o tema, a abordagem, a metodologia e os objetivos da pesquisa.

Desenvolvimento: essa é a maior parte do artigo em que é explorada a fundamentação teórica do trabalho e a metodologia. Ou seja, a consistência dada pela argumentação está no desenvolvimento. Importante notar que os tópicos podem ser divididos e conter algumas seções.

Conclusão: de maneira sucinta, a conclusão de um artigo científico deve apresentar algumas conclusões sobre o tema, ou mesmo, levantar possíveis hipóteses.

3. Elementos pós-textuais

Esses são elementos que surgem no final do texto científico e somente o primeiro deles é obrigatório:

Referências: as referências bibliográficas são fundamentais e devem estar nas normas da ABNT que basicamente seguem o padrão: autor(es), título, edição, local, editora e data. Exemplo: MACAMBIRA, José Rebouças. A estrutura morfo-sintática do português. São Paulo: Pioneira, 2001.

Glossário (opcional): trata-se de uma lista apresentada em ordem alfabética com definições de palavras ou expressões que foram utilizadas no texto.

Apêndice (opcional): texto ou documento escrito pelo próprio autor do texto para complementar sua argumentação, por exemplo, uma entrevista, um questionário que foi utilizado na pesquisa, um relatório, etc.

Anexo (opcional): diferente do apêndice, o anexo é um texto ou documento anexado no final da pesquisa que não pertence ao próprio autor, por exemplo, leis, imagens, gráficos, etc.

Saiba mais sobre as Normas da ABNT: regras de formatação para trabalhos acadêmicos

Importante

Importante lembrar que a estrutura de um artigo científico pode variar de acordo com o veículo ou instituição e, por isso, as normas devem ser sempre consultadas antes de iniciar a edição para o envio. Um exemplo disso são os resumo e palavras-chave em língua estrangeira que, em alguns casos, são obrigatórios.

Tipos de artigos científicos

Dependendo do foco da pesquisa e do tipo de metodologia utilizada, os artigos científicos apresentam dois tipos básicos:

  1. Artigos originais: apresentam um conteúdo inédito sobre o tema.
  2. Artigos de revisão: são os tipos mais comuns de artigos, onde o(s) autor(es) faz análises, críticas ou questionamentos acerca de teorias que já existem sobre o tema.

Leia mais sobre o Texto de Divulgação Científica

Referências Bibliográficas

ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas (NBR 6022:2003)

Daniela Diana
Daniela Diana
Licenciada em Letras pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) em 2008 e Bacharelada em Produção Cultural pela Universidade Federal Fluminense (UFF) em 2014. Amante das letras, artes e culturas, desde 2012 trabalha com produção e gestão de conteúdos on-line.