Cleópatra, a rainha do Egito
Cleópatra foi o nome de sete rainhas do Egito. A mais conhecida foi Cleópatra VII (Alexandria, 69 a.C. - 30 a.C.), a última faraó do Egito Ptolemaico (51 a.C. - 30 a.C.), durante a conquista romana.
Falava pelo menos oito idiomas, era uma política admirável e soube usar sua sedução para garantir uma posição favorável ao Egito dentro da crescente influência de Roma.
Filha de Ptolomeu XII, Cleópatra foi uma rainha egípcia de origem estrangeira, descendente de macedônios. Apesar disso, falava egípcio, retomou certas crenças faraônicas e queria devolver ao Egito seu antigo esplendor.
Subiu ao trono aos 18 anos e enfrentou uma guerra contra o irmão.
Posteriormente, foi amante de Júlio César, que lhe garantiu o trono do Egito. Em seguida, se relacionou com Marco Antônio. De ambos teve filhos que estavam destinados a serem soberanos.
Com a derrota de Marco Antônio pelas tropas de Otávio Augusto, o primeiro comete suicídio. Para não se tornar um brinquedo nas mãos do novo conquistador, Cleópatra também se mata, deixando-se morder por uma serpente.
Ascensão ao poder
Conforme o estipulado por seu pai, reinou junto ao irmão e depois se casou com ele, prática comum desta dinastia. Devido às brigas entre a jovem rainha Cleópatra e os seguidores de seu irmão, ela decide pedir ajuda aos romanos. A ideia era conquistar o apoio dos invasores romanos para si e para uma política favorável ao Egito.
Assim torna-se amante de Júlio César e, posteriormente, mãe do seu filho. César arrisca sua posição, mas defende os direitos de Cleópatra ao trono. Sufoca a rebelião em Alexandria e faz dela a única rainha do Egito.
Em seguida, Cleópatra se reúne pelo menos uma vez com Júlio César em Roma. A rainha inclusive estava na cidade quando Júlio César foi assassinado a facadas por um grupo de opositores. Após a morte de César, volta ao Egito com o filho.
Relações com Roma (e com o imperador Marco Antônio)
Em Roma, o Segundo Triunvirato formado por Marco Antônio, Otávio e Lépido, planeja a expansão dos domínios romanos para o Oriente.
Por isso, Marco Antônio convoca Cleópatra para um encontro na cidade de Tarso, na atual Turquia. A rainha foi numa embarcação adornada de ouro e prata a fim de mostrar toda riqueza e poder egípcio. Marco Antônio se apaixona por ela, mas deve voltar a Roma para casar-se com Otávia.
Deu à luz gêmeos, Alexandre e Cleópatra, e com o retorno de Marco Antônio a Roma, dedicou-se ao governo do Egito. Em 37 a.C., a pedido de Antônio, empreendeu uma expedição contra os Partos, e os dois se reuniram em Antióquia.
O terceiro filho, Ptolomeu Filadélfio, nasceu no ano seguinte, mas a guerra contra os Partos termina em derrota e Otávio usa este fato para instigar os romanos contra Marco Antônio.
Devido ao apoio recebido, Marco Antônio nomeia Cleópatra "rainha dos reis" e entrega aos três filhos do casal vastos territórios, como a Líbia, a Síria e a Cilícia. Essa decisão provoca a ira de Otávio, que declara guerra a Cleópatra.
Morte de Cleópatra e o fim da dinastia Ptolemaica
À frente de uma frota poderosa, Marco Antônio é derrotado por Otávio e o general Agripa. Marco Antônio consegue chegar às costas de Alexandria e acredita que foi abandonado por Cleópatra.
Desta maneira, comete suicídio com sua espada. Por sua vez, ao saber desta atitude, Cleópatra prefere seguir o amante e mata-se também, deixando-se picar por uma cobra.
Após a morte de Cleópatra, o Egito foi anexado ao Império Romano, marcando o fim da independência egípcia e da dinastia Ptolemaica.
Mito da Cleópatra no Ocidente
Cleópatra entrou no imaginário ocidental como sinônimo de beleza e sedução. O fato de ter conquistado a dois homens poderosos do seu tempo contribuiu para a construção desta lenda.
As pinturas históricas do século XIX e também os filmes realizados no século XX reforçaram esta imagem que privilegiam seus atributos físicos em detrimento da sua inteligência.
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Referências Bibliográficas
SALVADOR, Arlete. Cleópatra: como a última rainha do Egito perdeu a guerra, o trono e a vida e se tornou um dos maiores mitos da História. São Paulo: Contexto, 2011.
HOOBLER, Dorothy e HOOBLER, Thomas. Cleópatra. São Paulo: Nova Cultural, 1987.
BEZERRA, Juliana. Cleópatra, a rainha do Egito. Toda Matéria, [s.d.]. Disponível em: https://www.todamateria.com.br/cleopatra/. Acesso em: