Escultura Romana
A escultura romana foi uma manifestação artística extremamente significativa na civilização da Roma Antiga.
Pode-se dizer que constitui a mistura da perfeição clássica com características do realismo e estilos do Oriente, que foram traduzidas em peças de pedra e bronze de inigualável beleza.
Assim como ocorreu na pintura, os romanos também sofreram influência grega na escultura, mas evoluíram para um estilo próprio quando passaram a dominar o mundo.
Os escultores romanos trabalharam a pedra, metais preciosos, vidro e terracota. Entretanto, seu traço marcante está mesmo no bronze e no mármore. Este último domina a maioria das obras de arte.
Características da escultura romana
- forte influência da arte grega e etrusca, mas com elementos próprios romanos;
- representações realistas, e não de um ideal de beleza;
- muitas obras são uma fusão entre arquitetura e escultura;
- representações de feitos do Império Romano em monumentos.
Cópias romana de esculturas da Grécia
Sob a influência grega e helenística, na escultura romana eram muito comuns as cópias.
O resultado de tais reproduções dependia da habilidade do escultor. Havia uma escola de ofício para cópias em Atenas e em Roma. Entre os diretores estavam Paiteles, Archesilaos, Evander, Glykon e Apollonios.
Entre os exemplos de cópias estão as estátuas gregas de Orestes e Elektra, talhadas no fim do século I a.C. Era hábito dos romanos produzir cópias em miniatura de originais gregos, muitas vezes de bronze.
Em meados do século I d.C., os artistas romanos procuram uma identidade própria, impulsionados pelas conquistas do Império Romano. Em esculturas maciças de bronze são vistas as estátuas de imperadores, deuses e heróis.
Os pesquisadores costumam dizer que há dois mercados distintos para a escultura romana.
O primeiro é aristocrático, voltado à classe dominante, com esculturas mais clássicas e idealistas. O segundo é provincial, direcionado à classe média, mais naturalista e com um tipo classificado como emocional.
Assim como os gregos, os romanos também gostavam de representar seus deuses em estátuas. E esse costume não foi mudado quando os imperadores começaram a se comparar a deuses e reclamaram a divindade.
Estátua de Augusto de Prima Porta
Os imperadores eram retratados em estátuas imponentes e com postura de autoridade, exibidos como verdadeiros deuses.
Um exemplo está na estátua de Augusto de Prima Porta, o primeiro imperador romano. Produzida por volta de 19 a.C., o escultor buscou retratar as feições reais dessa personalidade. A estátua também foi ornamentada com vestimentas romanas e seu braço aponta firmemente ao horizonte, como se dirigisse seus súditos.
Menos imponentes eram as estátuas dos espíritos que protegiam as casas, normalmente figuras de cabelos longos vestindo túnicas e sandálias talhadas em bronze.
Realismo na escultura romana
O busto humano está entre os elementos que diferenciam a escultura romana das demais artes.
O realismo é o traço principal dos escultores, com detalhes de cicatrizes, envelhecimento da pele e demonstrações dos efeitos do tempo, como as rugas.
As esculturas romanas ganharam notoriedade por meio das grandes estátuas de imperadores, deuses e heróis. São exemplos a estátua de bronze de Marco Aurélio a cavalo (com 3,53 m de altura) e a estátua de Constantino I, ambas expostas no Museu Capitolino de Roma.
Arquitetura Romana
Outro traço da imponência e do realismo romano é encontrado na arquitetura. Edifícios inteiros celebravam vitórias nas campanhas militares e o domínio sobre o mundo. Esse é o caso do Arco de Constantino, edificado em Roma no século 315 d.C.
Constantino I derrotou e escravizou povos bárbaros e seus arcos demonstram a superioridade de Roma. O mesmo ocorre com as colunas de Trajano, de 113 d.C., que revelam um imperador meticulosamente preparado e uma personalidade inspiradora para as suas tropas.
Esta é uma marca diferenciadora da arte romana com relação à grega; enquanto a romana caracterizava-se pelo realismo, a grega fazia uso da mitologia para retratar as suas vitórias.
Escultura Funerária Romana
Os bustos e as lápides foram também muito comuns na escultura romana. Tanto retratavam o falecido individualmente como acompanhado da sua família ou escravos.
A partir do momento em que os enterros passam a ser mais comuns do que as cremações, esta arte é desenvolvida. As lápides eram esculpidas em pedra e continham cenas da mitologia.
Para saber mais sobre a produção artística e cultural de outras civilizações antigas, leia:
AIDAR, Laura. Escultura Romana. Toda Matéria, [s.d.]. Disponível em: https://www.todamateria.com.br/escultura-romana/. Acesso em: