Nova Ordem Mundial
A dita “Nova Ordem Mundial” assinala um período posterior à Guerra Fria, de reordenação geopolítica mundial. No entanto, também serve para demarcar os momentos de ruptura com os períodos precedentes, especialmente no que diz respeito à alteração nas formas de organizar as relações internacionais.
Em todo caso, atualmente, este termo faz alusão à decadência dos Estados Nacionais e das Organizações Internacionais diante da Globalização que unifica e homogeneíza territórios, povos e culturas.
Principais Características
A Nova Ordem Mundial compreende um fenômeno de alteração da ordem mundial, no plano geopolítico, do qual resulta uma nova configuração política.
Em tese, a Nova Ordem iniciou-se com o final da Guerra Fria, com a queda do Muro de Berlim, em 1989 e o fim da União Soviética, em 1991. Neste momento, a maioria dos Estados Nacionais aceitaram a hegemonia dos Estados Unidos e reconheceram a OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) como a força militar internacional suprema.
Na realidade, desde o fim da Segunda Guerra Mundial, os EUA passaram a dominar o sistema capitalista, devido seu poderio militar e nuclear, bem como econômico, com a instauração do dólar enquanto padrão monetário internacional.
Por outro lado, em termos mais teóricos, costuma-se admitir que a Nova Ordem Mundial seja unipolar, se considerarmos apenas o ponto de vista militar (com evidente superioridade estadunidense) ou multipolar. Se levarmos em conta os fatores econômicos e de desenvolvimento social, o que coloca o Japão e a União Europeia como membros dessa multipolaridade.
Portanto, é possível admitir o termo "unimultipolaridade" (“uni” para a superioridade militar dos EUA e “multi” para centros econômicos).
É curioso notar que, com a instauração da Nova Ordem, a polarização mundial entre leste (socialistas) e oeste (capitalistas) foi substituída pela polarização norte (países centrais e desenvolvidos) e sul (países periféricos e subdesenvolvidos). Nesta nova fase, os primeiros possuem uma clara supremacia sobre os segundos.
Neste sentido, não é raro os países centrais pressionarem os periféricos para adotarem políticas neoliberais. Contudo, algumas nações emergentes estão desafiando a ordem vigente, como é o caso do Brasil e os outros membros do BRICS, a saber, Rússia, Índia, China e África do Sul.
A formação de blocos econômicos, como o Mercosul, bem como outros acordos econômicos (principalmente entre a Rússia e a China) também possui papel fundamental nessa reconfiguração atual da política internacional. Cada vez mais países buscam fugir da influência do dólar e da dependência da economia dos EUA.
Nova Ordem Mundial e a Teoria da Conspiração
Existem muitas teorias conspiratórias acerca deste assunto. Acredita-se que grupos secretos, ricos e muito poderosos, estão a implementar um plano de dominação mundial para unificar a humanidade.
Para tanto, devem desestabilizar ou derrubar governos, erradicar as religiões e instituir um governo mundial único. Sem espanto, essas “forças ocultas” lançam mão de políticas financeiras e corrupção política, além de realizarem uma verdadeira engenharia social e controle mental.
É possível encontrar alguns indícios dessas teorias. Para isso, vale citar a nota de um dólar americano, na qual, desde 1935, está inscrito os dizeres “Novus Ordo Seclorum” ou nova ordem dos séculos. Outros exemplos de unificação mundial supostamente conspiratória são as instituições internacionais como o Banco Mundial, o FMI, as Nações Unidas e a OTAN.
Outros fatores, como a reunião anual da elite socioeconômica mundial para decidir os rumos da economia, a famosa "Conferência Bilderberg" também seriam exemplos desse complô.
Leia mais:
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MARQUES, Vinícius. Nova Ordem Mundial. Toda Matéria, [s.d.]. Disponível em: https://www.todamateria.com.br/nova-ordem-mundial/. Acesso em: