Oralidade e Escrita

Márcia Fernandes
Revisão por Márcia Fernandes
Professora de Língua Portuguesa e Literatura

A oralidade e a escrita são duas formas de expressão linguística. A oralidade é geralmente marcada pela linguagem coloquial (ou informal), enquanto a escrita, em grande parte, está associada à linguagem culta (ou formal).

Na linguagem escrita, não devemos produzir as falas e os modos que usamos quando estamos falando. Isso empobrece o texto. A escrita é uma representação da fala que exige algumas regras próprias, como, por exemplo, os sinais de pontuação.

Quando falamos, fica claro pela entonação ou mesmo pela linguagem corporal e/ou facial do falante, que tal enunciado é uma pergunta. Por outro lado, quando escrevemos é necessário a inserção do ponto de interrogação para o leitor compreender a pergunta no texto.

Contextos da linguagem oral e da linguagem escrita

A linguagem informal não pode ser considerada errada, uma vez que os falantes da língua utilizam a informalidade de acordo com determinados contextos.

Quando falamos com os amigos ou familiares, utilizamos a linguagem informal, constituída por marcas da oralidade, seja abreviações, erros de concordância, gírias, expressões menos prestigiadas, prosódias.

Quando estamos conversando com superiores no trabalho, por exemplo, as marcas da oralidade são deixadas de lado para dar lugar a linguagem formal.

Feita essa observação, note que mesmo nas situações de oralidade, podemos utilizar a linguagem formal, por exemplo, nas apresentações em público.

Da mesma forma que na oralidade, o ato de escrever está intimamente relacionado com o contexto em que está inserido. Isso quer dizer que quando mandamos um bilhete na sala de aula para uma amiga, a linguagem utilizada não é formal, sendo fortemente marcada por traços da oralidade.

Por sua vez, quando a professora pede a produção de um texto, a linguagem utilizada no bilhete não deve ser usada na redação, porque a redação é um texto formal, cujas normas e regras gramaticais devem ser respeitados.

Entre a oralidade e a escrita, o mais importante é perceber em qual contexto devemos usar a linguagem despretensiosa (coloquial) ou a linguagem formal, que exige conhecimento prévio das normas da língua.

Importância da leitura na construção da linguagem

Um dos fatores mais importantes para a construção da linguagem é a leitura. As pessoas que mantém o hábito de ler, têm muito mais facilidade para se expressarem e, claro, para perceber o contexto em que estão inseridas e qual das linguagens devem usar.

Além disso, o hábito de leitura melhora a escrita que, na maior parte dos casos, deve adotar a linguagem formal e as normas gramaticais para se expressar.

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Márcia Fernandes
Revisão por Márcia Fernandes
Professora, produz conteúdos educativos desde 2015. Licenciada em Letras pela Universidade Católica de Santos (habilitação para Ensino Fundamental II e Ensino Médio) e formada no Curso de Magistério (habilitação para Educação Infantil e Ensino Fundamental I).
Daniela Diana
Edição por Daniela Diana
Licenciada em Letras pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) em 2008 e Bacharelada em Produção Cultural pela Universidade Federal Fluminense (UFF) em 2014. Amante das letras, artes e culturas, desde 2012 trabalha com produção e gestão de conteúdos on-line.