Sacro Império Romano-Germânico
O Sacro Império Romano-Germânico era uma monarquia de caráter feudal que durou de 800 até 1806 na Europa Central e parte do Norte da Europa.
No auge, incluía os atuais territórios pertencentes à Alemanha, Áustria, Bélgica, Holanda, Luxemburgo, República Checa e República Eslovaca.
Incluía, ainda, a Eslovênia, a porção leste da França, a parte norte da Itália e oeste da Polônia. Constituía uma centenas de condados, ducados, principados e cidades imperiais.
Carlos Magno e o Império Carolíngio
A criação desse império multilíngue começou em 800, ano da coroação de Carlos Magno pelo Papa Leão III. O ato representou a restauração do Império Romano do Ocidente. Era o início do Império Carolíngio.
O conglomerado resultou da dissolução do Império Franco, na sequência do Tratado de Verdun, assinado em 843. O império foi dissolvido em 1806, em decorrência das Guerras Napoleônicas. A essa altura, abrangia os territórios que hoje pertencem à Bélgica, Croácia, Itália, Holanda, França e Polônia.
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Política
A unidade política defendida por Carlos Magno era embasada no cristianismo. A dinastia carolíngia perdurou até a morte de Carlos, o Gordo, em 887. Em seu lugar é coroado Otto I, o primeiro Imperador da extensão territorial denominada Sacro Império Romano-Germânico.
Otto I era duque da Saxônia, rei da Alemanha e Itália. A coroação, presidida pelo Papa João XII, só ocorreu com a garantia da independência dos estados pontifícios.
Sociedade
O império era uma monarquia eletiva. A coroação do imperador estava subordinada ao Papa e entre os alemães permaneceu, até a dissolução.
Era dividido em muitos territórios governados por herdeiros nobres, príncipes-bispos ou cavaleiros. O imperador era eleito por um seleto grupo. Muitas regiões mantinham a hereditariedade do sucessor. Foi assim com a dinastia dos Habsburgos, cuja linha sucessória iniciada em 1452 não foi interrompida.
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Características
- Divisão em territórios e principado
- A regência era realizada por príncipes, condes ou cavaleiros imperiais
- Os imperadores consideravam-se continuadores dos imperadores romanos na defesa do governo e apoio à Igreja
- Era semelhante a uma confederação
- Composição étnica diversa
- Diversidade cultural
- Diversidade linguística
- Influência direta do papado
- Poder real sujeito à autoridade divina
- União entre Igreja e Estado
- Modo de produção feudal
- O comércio apresentava um sistema administrativo e judicial
- Arquitetura das cidades focada no militarismo
Reforma Luterana
O movimento iniciado em 1517, por Martinho Lutero, praticamente implodiu o modelo do império. As teses do alemão foram usadas como base para questionar o poder do imperador. Entre os resultados estão vários conflitos, como a Guerra dos Trinta Anos (1618 - 1648), que deixou o império devastado.
Outros conflitos religiosos foram travados em várias localidades da Europa. O resultado foi o enfraquecimento do poder imperial e redefinição de territórios. O fim, em definitivo, do império, foi consequência das Guerras Napoleônicas.
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MATÉRIA, Equipe. Sacro Império Romano-Germânico. Toda Matéria, [s.d.]. Disponível em: https://www.todamateria.com.br/sacro-imperio-romano-germanico/. Acesso em: