Edvard Munch
Edvard Munch foi um renomado pintor e artista plástico norueguês, precursor do expressionismo alemão.
Biografia
Nascido em Loten, Noruega, no dia 12 de Dezembro de 1863, Edvard Munch foi o segundo filho de Christian Munch e Laura Cathrine.
Teve três irmãs (Sophie, Laura e Inger) e um irmão (Andreas). Ainda muito jovem, perde a mãe (1868) e a irmã Sophie (1877) por tuberculose.
Já adulto, em 1879 ingressa no curso de engenharia, do qual desiste para se tornar pintor (1880). Passa a frequentar a Escola de Artes e Ofícios de Oslo.
Ali, ele conhece as obras impressionistas de Courbet e Manet, as quais lhe influenciaram, mas que, todavia, ele rejeitou no expressionismo.
Em 1882, passa a atuar num estúdio alugado em Oslo. Um ano mais tarde, começa a se destacar e exibe pela primeira vez na Exposição de Outono de Oslo.
A partir de 1889, Munch ganhará uma série de bolsas de estudo que lhe possibilitam viajar e se aperfeiçoar.
Em Paris se relaciona com os pós-impressionistas Toulouse-Lautrec e Paul Gauguin. Deles, recebe grande influência, sem mencionar no impacto causado pela obra de Vincent Van Gogh, a qual ele conhece pela primeira vez.
Por sua vez, Edvard Munch continua seu intercâmbio por Berlim, Paris, Nice, Florença e Roma.
Fato curioso foi sua exposição de 1892 em Berlim. Foi cancelada uma semana após a abertura, devido ao grande choque causado no público e nos críticos de arte.
Apesar da acolhida pouco calorosa, Munch irá viver nesta cidade até 1908. Em 1903, irá expor novamente em Berlim, desta vez na Galeria Cassirer.
Em 1893, Edvard Munch cria sua obra prima, O Grito. Alguns anos mais tarde (1896), irá se interessar pelas técnicas de litografia e xilogravura, com as quais fará várias inovações.
O ano de 1908 marca seu retorno definitivo à Noruega, onde reside até sua morte.
Com seu prestígio crescente, irá decorar a Universidade de Oslo entre os anos de 1910 e 1915.
Torna-se membro da Academia Alemã de Belas Artes em 1923, mesmo ano em que morre sua irmã Laura. Em 1928, cria os murais da Câmara Municipal de Oslo.
Contudo, o ano de 1930 marca uma reviravolta na carreira de Munch. Além de adquirir uma enfermidade ocular que lhe dificulta a execução dos trabalhos, o governo nazista classifica suas obras como degeneradas. A partir disso, elas foram retiradas dos museus e salões de arte alemães.
Apesar disso, seu prestigio internacional se mantêm, com exposições na Inglaterra (1936) e Estados Unidos (1942).
Por fim, Edvard Munch falece em 23 de janeiro de 1944, em Ekely, Noruega. Seu corpo foi sepultado no Cemitério de Nosso Salvador, próximo a Oslo.
Saiba mais sobre os movimentos:
Obras
As obras de Munch revelam um espírito trágico, repleto de doença e morte. Esses temas foram recorrentes na infância do artista, haja vista que perdeu sua mãe e irmãs na juventude. Além disso, ficou muito enfermo e fraco.
Por este motivo, solidão, melancolia, angústia, desespero, depressão e saudade são assuntos frequentes nas representações de Munch.
É comum, portanto, nos depararmos com pinturas e gravuras de rostos sem feições ou desfigurados, com expressões distorcidas e quase espectrais.
Sua obra mais emblemática, é sem dúvida, O Grito (1893). Além dela, outras obras que merecem destaque são:
- A Menina Doente (1885)
- Melancolia (1892)
- A Voz (1892)
- Amor e Dor (1893)
- Cinzas (1894)
- Puberdade (1895)
- A Morte da Mãe (1899)
- Reunião (1921)
- Auto-Retrato (1940)
- Entre o Relógio e a Cama (1940)
Filme
A história de pintor expressionista foi tema do filme "Edvard Munch" lançado em 1974 com direção do inglês Peter Watkins.
DIANA, Daniela. Edvard Munch. Toda Matéria, [s.d.]. Disponível em: https://www.todamateria.com.br/edvard-munch/. Acesso em: